Indagado várias vezes sobre como uma bet opera no Brasil sem recolher impostos ou gerar empregos, o CEO da Betnacional, João Studart, deixou claro que o setor sempre esteve à disposição do governo para atender à regulamentação desde que a lei que instituiu as apostas esportivas no Brasil. “Ao longo desse período, mesmo não havendo uma regulação, adotamos os melhores exemplos mundiais de jogo responsável, compliance e outras práticas”.
Ele destacou que embora não recolha impostos diretamente sobre a atividade, todos os impostos referentes a transações internacionais pelas empresas de métodos de pagamento são pagos de acordo com regulamentação do Banco Central. Mesmo não gerando um grande número de empregos formais diretamente, o Grupo NSX tem contratos com empresas terceirizadas e estas, sim, geram os empregos.
Várias vezes o executivo destacou que é preciso que a regulamentação entre em vigor para que as empresas sérias tenham condições de atuar dentro do que o governo determinar. “Os ilegais precisam ser banidos e é preciso encontrar fórmulas para isso”, disse.
Segundo ele, os bloqueios por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) são difíceis de serem efetivados de forma definitiva. “Como bem falou a Anatel, é enxugar o gelo, pois uma bet ilegal bloqueada abre um novo endereço eletrônico no dia seguinte”.
Para Studart, as instituições de pagamento são um bom filtro para impedir a atuação de sites irregulares. “O Pix é uma excelente ferramenta e não permitir que as instituições de pagamento transfiram recursos para bets não autorizadas é um dos melhores caminhos para garantir que eles sejam excluídos do segmento".
Quanto ao jogo responsável, o CEO da Betnacional afirmou que desde o início das operações no Brasil, as bet do Grupo NSX adotaram e seguem cumprindo todas as regras adotadas mundialmente.
“Mesmo nossos influenciadores são orientados a não oferecer a atividade como uma forma de renda ou ganho de dinheiro. Não queremos propaganda enganosa e nossos contratos com eles e com embaixadores deixam claro as práticas de jogo responsável e que as apostas são para entretenimento”, afirmou.
“Eu me sinto ofendido pelas bets ilegais, mas acredito que cabe ao órgão regulador fiscalizar e tirar do mercado aqueles que não cumprem as leis. Tem muita gente séria em nosso setor”, afirmou ao ser questionado sobre irregularidades no segmento de apostas esportivas e jogos online.
Fonte: GMB