A lei que prevê a regulamentação entrou em vigor no final do ano passado. Entretanto, alguns pontos ainda não estão vigorando e dependem de definição do Ministério da Fazenda. Entre eles está a publicação da norma para regulamentar a taxa de licença para operar no Brasil.
"Ninguém sério quer que a coisa siga na zona cinzenta", defendeu o consultor da Axis Veritas, Marcelo Corrêa. "É importante para termos um parâmetro exato do mercado. Vamos separar os responsáveis dos irresponsáveis", acrescentou.
De acordo com o CEO da Play Big, Rafael Reuter, o Brasil superou a Inglaterra no começo de 2024 como o país com o maior número de apostas. "Essa morosidade da regulamentação só traz prejuízos", disse.
O diretor no Brasil do Betsson Group, André Gelfi, destaca que a atividade se trata de entretenimento e tem que ser encarada desta maneira. "Isso precisa ser discutido. Somos responsáveis pelas pessoas e a conscientização é fundamental", compreendeu. "Não pode trazer mais dano do que benefício para a sociedade". Reuter complementou: "não é um meio de vida"
Valores
De acordo com Marcelo Corrêa, os números estimam que as apostas cresceram 250% de 2019 até 2024. "É uma realidade. Não tem mais como recuar". Esse avanço é o que motiva o governo federal a buscar a tributação.
Segundo ele, o segmento movimentou 50 bilhões de reais no último ano. Número superior ao das loterias da Caixa.
Fonte: Vítor Figueiró / Correio do Povo