VIE 18 DE OCTUBRE DE 2024 - 05:39hs.
#SeuVotomudaoJogo

ANJL lança campanha para mostrar a importância de derrubar vetos sobre imposto de renda ao apostador

A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) inicia nesta quinta-feira (11) a campanha #SeuVotomudaoJogo. O objetivo é levar a deputados, senadores e ao Executivo o entendimento sobre a importância da retirada de vetos à Lei 14.790, restabelecendo a forma de incidência do Imposto de Renda sobre os prêmios aprovada no final do ano passado pelo Congresso Nacional.

Nos próximos dias, os congressistas vão decidir sobre os vetos aos parágrafos do artigo 31 da Lei 14.790/2023. A ANJL alerta que a manutenção desses vetos, além de ferir o conceito constitucional de renda, tem o potencial de incentivar a migração de apostadores para o mercado ilegal, uma vez que determina:

O recolhimento do IR seja a cada prêmio pago, em vez do recolhimento anual;

O imposto será cobrado sobre prêmios de qualquer valor, inclusive sobre aqueles de R$ 20, R$ 100, R$ 500;

 A combinação desses fatores praticamente anula a efetividade da regulamentação federal do setor, isso porque os apostadores poderão migrar para sites não regulamentados, os quais, com certeza, não irão observar a legislação positiva.

Estamos diante de um momento decisivo para o embrionário mercado de apostas esportivas e jogos online no Brasil. Com a manutenção desses vetos, corremos um sério risco de termos um retrocesso antes mesmo de a regulamentação ser concluída. Manter esses vetos prejudicará todos os envolvidos, exceto o mercado ilegal, que vai ganhar uma onda de apostadores fugindo dessa tributação equivocada”, afirma o presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge.

Brasil deve seguir modelo internacional

A ANJL destaca que, à exceção da Grécia, nenhum país europeu tributa especificamente os prêmios dos apostadores. A Espanha, aliás, adota expressamente o modelo escolhido pelo legislador brasileiro, de tributação na declaração anual de rendimentos acima de determinada faixa de isenção.

Olhando para a experiência internacional, qualquer tentativa de imposição de ônus tributários excessivos, notadamente visando aumentar a arrecadação do governo, sempre leva a resultados distintos, diminuindo o total a ser arrecadado pela fuga de apostadores para o mercado informal.

Com a potencial migração para os sites irregulares, outro impacto será sobre a expectativa de arrecadação da União, que será frustrada pela queda no número de apostas no ambiente regulado. Consequentemente, o volume de recursos esperados para áreas como saúde, educação e segurança pública também será reduzido.

A ANJL defende, portanto, que o Congresso mantenha o que ele próprio aprovou no final do ano passado, ou seja, a cobrança anual do Imposto de Renda sobre os prêmios líquidos dos apostadores e sua incidência apenas sobre os valores que excederem a faixa de isenção do IR.

Para conhecer mais sobre a campanha #SeuVotomudaoJogo e as Notas Técnicas (completa e resumida) da ANJL sobre os vetos e seus impactos sobre o setor e o país, basta clicar aqui.

Fonte GMB