MAR 17 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 16:51hs.
Fundo suíço já adquiriu a NoHype e Elisa.bet

Cronwstone protocola pedido de licença para operar no RJ e entra nesta terça (20) no Sigap

Venture builder especializado em apostas esportivas, loterias e cassinos, a Cronwstone Ventures acaba de abrir escritório no Brasil a fim de participar da consolidação do mercado. A empresa suíça atua com um fundo de investimento próprio com valor de R$ 50 milhões para comprar bets no país e já adquiriu duas operações, a NoHype e a Elisa.bet. A corporação apresentou pedido de licença na Loterj e aplicará nesta terça (20) no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap).

Para 2025, a empresa planeja uma segunda rodada de aquisições com um montante que pode chegar a até R$ 300 milhões. A nova legislação permite que empresas privadas operem apostas esportivas online, como casas de apostas e cassinos.

A regulamentação potencializará os negócios em um setor que está na ordem de 1% do PIB e faturou cerca de R$ 120 bilhões no ano passado”, ressalta o CEO da empresa no Brasil, Brunno Galvão.

O mercado acompanha o avanço da regulação, sancionada em dezembro de 2023, por meio da aprovação de portarias específicas. A consolidação é um dos impactos esperados com o processo regulatório, que deve reduzir o número de players e abrir o mercado brasileiro para investimentos internacionais, como observa Galvão.

A Crowstone Ventures atua comprando controle em negócios atrelados ao mercado de bet, criando negócios do zero que contam com capital do fundo para crescer, e embrionando startups que ofereçam soluções para o setor de iGaming.

Estruturamos um braço de fusões e aquisições - que é independente do venture builder - para assessorar players estrangeiros na aquisição de negócios no Brasil, além de assessorar negócios brasileiros em busca de captação de investimento ou na venda do negócio”, aponta o CEO no Brasil.

A Crownstone Ventures está buscando casas que não irão se regulamentar e também buscando startups atuantes no setor com soluções de tecnologia. O foco está em casas de apostas com faturamento de R$ 20 milhões a R$ 100 milhões ao ano.

Há cerca de um ano, a empresa fez sua primeira aquisição, a NoHype, uma comunidade de afiliados que, nesse período, viu o número de membros crescer de 6 mil para 12 mil. A NoHype transaciona R$ 20 milhões em depósitos por mês.

A segunda investida foi a Elisa.bet, que nasceu com o propósito de ser a casa dos influenciadores, artistas e afiliados. Nos primeiros três meses, desde a criação, alcançou 1 milhão de jogadores no Brasil, e hoje conta com 600 mil jogadores ativos.

A Elisa.bet também tem a pretensão de figurar entre as casas que patrocinam grandes clubes e esse ano quase fechou com um dos grandes times brasileiros.

O radar de desinvestimento das empresas depende do negócio, mas o target é de 5 anos.  “Acreditamos bastante no mercado de afiliados e estamos analisando outras comunidades de afiliados para aquisição”, conta Galvão.

Existe um mercado muito promissor e bilionário para empresas de tecnologia e publicidade com a regulamentação das bets. Estamos falando de um mercado com uma receita bruta de jogos (gross gaming revenue) superior a R$ 35 bilhões”, avalia Brunno Galvão.

Um dos fatores propulsores é a captação e retenção de usuários e apostadores. “São duas coisas que caminham juntas e é somente com a combinação dos dois fatores que uma bet sobrevive, na minha visão como um investidor do setor”, esclarece.

Em mercados mais maduros, como o da Europa e o dos EUA, é possível observar um coeficiente elevadíssimo de retenção de usuários qualificados.

Quem, no mercado regulado brasileiro, oferece as melhores soluções para captar, reter, e até mesmo qualificar usuários, estará apto a receber grandes investimentos”, agrega. Brunno Galvão já desenvolveu startups nos mercados de marketplace, comércio eletrônico e mobile app, e também é investidor anjo.

A Crownstone Ventures é uma venture builder especializada no universo das apostas esportivas, loterias e cassinos no Brasil, e faz fusões e aquisições no setor, próprias e para outros players.

Ela atua a partir de um fundo de investimento próprio para o setor, investindo em negócios que atuam em toda a cadeia de valor, beneficiando jogadores que buscam diversão e lucro (B2C), casas de apostas, loterias e cassinos (B2B) que desejam crescer e se tornar mais lucrativos.

Suas primeiras investidas são a NoHype, uma comunidade de afiliados, com mais de 12 mil membros, que transaciona R$ 20 milhões em depósitos por mês, e a Elisa.bet, que nasceu com o propósito de ser a casa dos influenciadores, artistas e afiliados, e que nos primeiros três meses alcançou 1 milhão de jogadores no Brasil.

Fonte: GMB