LUN 16 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 16:41hs.
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1win Partners analisa a lei das apostas e os impactos, oportunidades e transformações no mercado

A recente regulamentação das apostas de quota fixa no Brasil representou um marco importante para o iGaming no país. Com crescimento exponencial nos últimos anos, impulsionado principalmente pela expansão das plataformas digitais, a medida era inevitável. Neste artigo para o GMB, a 1win Partners explora as mudanças trazidas, a influência no mercado financeiro e economia, além de discutir o impacto da lei no mercado de trabalho.

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Contexto e crescimento do mercado de apostas

Nos últimos anos, o mercado de apostas no Brasil experimentou um crescimento notável. De acordo com estimativas recentes, cerca de 18,7% da população 18+ já apostou ou aposta em alguma área, seja ela esportiva, em cassinos online, ou outras modalidades. Esse percentual reflete uma tendência global, onde o entretenimento digital, incluindo apostas, se torna cada vez mais popular e acessível.

Com o aumento da popularidade, também cresceu a necessidade de uma regulamentação robusta. Antes da nova legislação, o mercado de apostas no Brasil operava em uma espécie de "zona cinzenta", sem regras claras que protegessem os consumidores ou regulamentassem a atuação das empresas. Isso levou a um cenário de incerteza jurídica e fiscal.

 



Principais mudanças

A nova lei de apostas de quota fixa veio para preencher essa lacuna, introduzindo uma série de regras que visam regulamentar o setor. São algumas delas:

1. Tributação: A lei estabelece uma tributação de 15% sobre o valor líquido dos prêmios obtidos pelos apostadores. Essa tributação tem como objetivo aumentar a arrecadação do governo, que já estimava uma perda significativa de receitas devido à falta de regulamentação anterior. Lembrando que a tributação funciona com o mesmo princípio do imposto de renda, são isentos de taxa os que obtiverem ganhos menores que R$ 2.259,20 do prêmio líquido, ou seja, a diferença entre o valor apostado e o valor de ganho.

2. Destino das receitas: Parte significativa das receitas arrecadadas com a tributação será destinada a áreas essenciais, como educação (10%), segurança pública (13,60%), esporte (36%) e turismo (28%). Além disso, 50% dos prêmios não retirados serão destinados ao FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e 50% ao FUNCAP (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia), só não deixa claro, quanto tempo o valor pode ficar na plataforma antes de ser destinado aos fundos.

3. Regulamentação das operadoras: As operadoras de apostas, sejam elas nacionais ou internacionais, agora precisam atender a requisitos rigorosos estabelecidos pelo Ministério da Fazenda para operar no Brasil. Isso inclui a comprovação de capacidade financeira, a manutenção de um canal de atendimento ao consumidor e o cumprimento das regras de publicidade que visam evitar práticas abusivas.

 



Impacto no mercado financeiro

A regulamentação das apostas tem um impacto direto no mercado financeiro e na economia. A formalização desse setor atraiu investimentos significativos, tanto de empresas já estabelecidas quanto de novos entrantes no mercado. A estimativa é que o mercado de apostas possa movimentar cerca de R$ 20 bilhões anuais nos próximos anos, um valor substancial com potencial para transformar setores inteiros da economia.

Além do aumento na arrecadação fiscal, a regulamentação também está criando novas oportunidades de emprego. Com a necessidade de as operadoras atenderem a regulamentações locais, empresas estão expandindo suas operações no Brasil, criando vagas nas áreas de tecnologia, atendimento ao cliente, marketing e compliance. A estimativa é que o setor possa gerar dezenas de milhares de novos empregos diretos e indiretos, especialmente em regiões que, historicamente, enfrentam desafios econômicos.

Desafios e perspectivas futuras

Embora a regulamentação seja um passo positivo, ainda existem desafios a serem enfrentados.

Um ponto de debate é o impacto social das apostas. A lei prevê destinações de parte das receitas para programas de prevenção e tratamento do vício em jogos, mas a eficácia dessas medidas ainda precisará ser avaliada ao longo do tempo.

No entanto, as perspectivas são promissoras. Com a regulamentação, o Brasil se alinha a países que já regulamentaram o setor e colhem os benefícios dessa formalização, como maior arrecadação fiscal, criação de empregos e proteção ao consumidor. O sucesso da lei dependerá da sua aplicação rigorosa e da capacidade do governo em acompanhar as inovações tecnológicas que moldam o mercado de apostas.

Conclusão

A nova lei de apostas de quota fixa no Brasil representa uma transformação significativa para o setor, trazendo clareza e segurança tanto para empresas quanto para consumidores. Com o potencial de movimentar bilhões de reais e gerar milhares de empregos, a regulamentação do setor de apostas é um exemplo de como a legislação pode ser utilizada para transformar e dinamizar a economia. Contudo, para que esses benefícios sejam plenamente realizados, será essencial um esforço contínuo de educação e inovação no acompanhamento do setor.

A aplicação da lei não apenas aumentará a arrecadação, mas também o desenvolvimento econômico e social do país.

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Fonte: 1win Partners