Games Magazine Brasil – O Brasil ainda está aprendendo sobre integridade no esporte ou já somos íntegros o suficiente?
Leonardo Baptista – Eu acho que eu não sou a pessoa certa para você perguntar isso... Porque eu sou o cara que fala de integridade há sete anos, desde que fundei a Pay4Fun. Então, esse tipo de evento é superimportante para conscientizar todos, principalmente agora que o mercado está indo rumo à regulamentação. Estou neste setor há 20 anos e muito feliz com tudo o que está acontecendo. Integridade é palavra-chave para a regulamentação e para um mercado saudável.
Muitos dos 113 pedidos de licença apresentados à Secretaria de Prêmios e Apostas são de parceiros da Pay4Fun. Qual é a sua expectativa com relação à aprovação dessas solicitações e como vocês estão se preparando para essa nova fase, agora que essas empresas tiverem o carimbo da SPA?
Eu sou uma das pessoas que cantou a bola há tempos. Falei que seriam mais de 100 empresas e no final das contas chegamos a 113. Estou muito feliz com isso tudo. Acho que o mercado, quanto mais inclusivo ele for, melhor será. Acho que das 113, nem todas vão passar. Acredito que tem um pessoal ali que está se aproveitando do momento e se colocar pra vender a empresa ou o espaço. De qualquer maneira, acho que 80% das empresas que estão ali vão passar e serão aprovadas pela SPA e a partir de 1º de janeiro muda o mercado.
Tem muita empresa que já está acostumada a operar em mercados regulados, inclusive fora do Brasil. Então, não vai ser novidade. Agora, tem muita empresa que nunca operou debaixo de regulador. E aí, eu falo de operadores e provedores, principalmente de pagamentos, que saíram correndo pra tirar a autorização do Banco Central. Tiraram, mas uma coisa é ter a autorização, outra é trabalhar abaixo do regulador. É difícil e quero ver como isso vai ficar a partir de 1º de janeiro.
Para as empresas de método de pagamento, como a Pay4Fun, existe alguma dificuldade no processo de regulamentação que vocês precisam correr atrás ou já superaram tudo isso?
Felizmente, eu fui um dos que acompanhou, com muito prazer, todo o trabalho feito pela SPA, porque a Secretaria de Prêmios e Apostas está de parabéns por tudo o que foi feito. Principalmente as portarias que mais batiam na gente e que tínhamos mais expectativas eram as de meios de pagamento e de prevenção à lavagem de dinheiro. Ambas foram fantásticas e basicamente copy and paste. Foi um trabalho muito bem-feito em conjunto entre SPA e Banco Central, que é o nosso órgão regulador máximo.
Então, para a Pay4Fun, como já somos regulados desde 2022 e operamos debaixo dessa regulação, não muda nada e não teve alteração alguma. As adaptações que estamos fazendo são em nível de sistema como, por exemplo, conta transacional e conta proprietária, tudo isso pra atender os operadores e o regulador. Mas de maneira prática, para o lado instituição de pagamento, já estávamos 100% enquadrados.
Ou seja, que as 113 empresas recebam o carimbo e contem com a Pay4Fun?
Vamos nessa, vamos trabalhar. Felizmente, eu posso dizer que temos uma boa parte das 113 empresas aplicando com a Pay4Fun. Estou muito feliz com isso, porque vem a coroar o nosso trabalho sério. Não vejo a hora de começarmos com o mercado regulado a partir de 1º de janeiro, com todos operando de forma correta.
Um ponto que eu acho que vai ser superimportante com a regulamentação é justamente a questão de se evitar o mercado ilegal. Vamos ver como a Secretaria de Prêmios e Apostas vai lidar com todas as denúncias e atuar sobre elas. O mercado regulado brasileiro tem um potencial gigantesco, maravilhoso, e vivo falando que o Brasil tem o potencial de ser o primeiro país do mundo.
Não o terceiro, como sempre se fala?
Entendo que hoje o Brasil, pelo tamanho que tem, já está em segundo lugar, brigando com a Inglaterra. Acho que o Brasil tem potencial a médio prazo, inclusive com a abertura dos cassinos físicos a partir da aprovação do PL 442/91 [agora 2234/2022, no Senado], a gente vai ver um mercado maior do que o dos Estados Unidos.
Fonte: Exclusivo GMB