Na visão de Randolfe, a regulamentação dos sites de apostas não é o suficiente para proteger a população brasileira dos riscos associados ao vício em apostas. O senador comparou a situação das bets com a indústria de cigarros, que também é regulamentada, mas é proibida de fazer campanhas publicitárias.
“Por mais que tenha ocorrido a legalização das apostas desportivas em plataformas, isso não pode significar o incentivo ao vício e ao prejuízo financeiro às famílias brasileiras. Assim como a publicidade do cigarro é proibida temos também que desestimular as apostas”, disse Randolfe.
Como mostrou o Poder360, um estudo produzido pelo Itaú estima que os apostadores enviaram R$ 68,2 bilhões às bets e outros sites de jogos e apostas online de julho de 2023 a junho de 2024. Os usuários conseguiram sacar, em troca, R$ 44,3 bilhões.
A dinâmica representa uma perda de R$ 23,9 bilhões em um prazo similar há um ano – o equivalente a 0,22% do PIB (Produto Interno Bruto).
A proposta de Randolfe ainda dependerá de um amplo debate no Congresso, pois proibir a publicidade das casas de apostas trará grandes impactos econômicos, especialmente no mundo dos esportes.
No futebol, por exemplo, o próprio campeonato brasileiro tem como patrocinador máster um site de apostas. Na 1ª divisão do campeonato, a grande maioria dos clubes também estampam marcas de bets nos espaços mais nobres das camisetas.
Fonte: Poder360