A regulamentação das apostas no Brasil, prevista para entrar em vigor em 2025, representa um marco importante na forma como essa atividade é percebida e gerida no país. Em meio a um cenário de crescente popularidade das apostas online, é essencial discutir os aspectos positivos dessa regulamentação, que não apenas legitima as apostas como uma forma de entretenimento, mas também traz benefícios significativos para a economia e a sociedade.
As notícias negativas tentam macular o árduo trabalho da indústria séria
Recentemente, algumas notícias têm insistido em demonizar o setor de apostas, focando em aspectos negativos e potencializando o medo em relação a essa atividade. Embora seja importante discutir os riscos, essa abordagem muitas vezes ignora os benefícios que a regulamentação pode trazer. A narrativa de que as apostas são exclusivamente prejudiciais não considera o potencial de entretenimento e as oportunidades econômicas que o setor pode oferecer.
Por exemplo, a regulamentação pode ajudar a combater o mercado ilegal de apostas, que prospera sem supervisão adequada. Com a legislação em vigor, as autoridades poderão monitorar e controlar melhor as atividades das casas de apostas, garantindo que operem de acordo com as leis e ofereçam um ambiente mais seguro e transparente para os apostadores.
Além disso, a promoção de educação sobre apostas responsáveis pode reduzir o estigma e ajudar os apostadores a entenderem que essa atividade deve ser encarada como uma forma de lazer, e não como uma fonte garantida de renda.
Os impactos econômicos e sociais da regulamentação falam por si
A previsão de que a regulamentação das apostas no Brasil poderá gerar uma arrecadação entre R$ 2 bilhões e R$ 10 bilhões em 2025 é baseada em análises de economistas e especialistas do setor. Segundo artigo do Estadão, essa estimativa considera o crescimento do mercado de apostas online no país e a consolidação dessa prática no comportamento de consumo dos brasileiros.
A regulamentação, que entrará em vigor em 2025, inclui a tributação de 12% sobre a receita das plataformas de apostas, além de impostos adicionais sobre os ganhos dos apostadores.
Além disso, a expectativa é que o pagamento das outorgas das empresas que obtiverem licenciamento gere cerca de R$ 3 bilhões já em 2024, contribuindo para a arrecadação total. Portanto, a combinação desses fatores justifica a previsão de arrecadação significativa com a regulamentação das apostas no Brasil.
No mercado internacional sobram exemplos de sucesso
A experiência dos Estados Unidos após a legalização das apostas mostra que os depósitos iniciais aumentaram em até oito vezes nos 12 trimestres seguintes à legalização. Essa informação foi confirmada por um relatório da XP, que destaca que o volume de apostas e o número de usuários ativos cresceram substancialmente após a regulamentação.
Além dos EUA, o Reino Unido e a Colômbia também são citados como exemplos de mercados que prosperaram após a regulamentação. A abertura desses mercados levou à entrada de novos usuários e ao reinvestimento dos ganhos nas plataformas, o que, por sua vez, beneficiou a economia local.
Tudo isso, demonstra a importância da regulamentação para transformar as apostas em uma atividade econômica benéfica, ao mesmo tempo que garantem proteção ao consumidor e promovem um ambiente de jogo responsável.
André Vinícius de Alencar Alves
Sócio da Control F5