Homens x Mulheres
No Brasil, os homens apostaram mais em esportes do que as mulheres em 2024. Cerca de 54% das pessoas do sexo masculino fizeram ao menos uma aposta esportiva neste ano, comparado a 38% das pessoas do sexo feminino.
Os números são mais próximos quando o assunto é apostas não esportivas. Dentre a população adulta brasileira, 69% dos homens e 62% das mulheres realizam apostas de jogo não esportivo.
Idade e classe socioeconômica
No Brasil, há apostadores em todas as faixas etárias acima dos 18 anos. Tanto para homens quanto para mulheres, a faixa etária mais ativa é aquela entre 25 e 34 anos de idade. Para os homens, a segunda faixa etária mais ativa é entre os 18 aos 24 anos. Já para as mulheres, é entre 35 a 44 anos.
Em termos de classes socioeconômicas, a A e a B representam mais da metade dos apostadores, com uma porcentagem de 52%. Famílias da classe C, por sua vez, representam uma parcela de 48%.
Frequência
Os apostadores brasileiros são, em sua maioria, jogadores casuais. Cerca de 38% apostam ocasionalmente, o que inclui aqueles que jogam uma vez por semana, algumas vezes por semana e diariamente (16%, 14% e 8% respectivamente).
Em termos de tempo gasto em plataformas de apostas, 42% dos brasileiros tiveram uma média semanal inferior a 30 minutos, enquanto 58% gastaram cerca de uma hora por semana apostando.
O fator que mais influencia na decisão de apostar ou não é a disponibilidade de renda. Em segundo lugar nesta lista está a emoção dos jogos, seguido pela qualidade dos jogos online.
O que distancia o apostador da sua casa de apostas?
Em 2023, as maiores preocupações dos brasileiros em relação às apostas foram relacionadas a questões financeiras e de lucratividade. Neste ano, porém, a principal discussão foi sobre propaganda e patrocínio das plataformas de apostas. A publicidade excessiva, por exemplo, foi um fator negativo para os apostadores.
Muitas pessoas acreditam que os anúncios constantes de casas de apostas esportivas podem incentivar o comportamento de jogo excessivo, especialmente entre os jovens e os mais vulneráveis financeiramente. Uma possível solução, além de dosar a exposição da sua marca, é estabelecer um compromisso com o jogo responsável, o que também é uma demanda regulatória.
Os apostadores também desejam transparência e integridade. Por isso, deixar claro como as apostas funcionam e explicar as políticas da plataforma com linguagem de fácil compreensão é essencial.
Mercado brasileiro
De acordo com uma pesquisa do Datafolha, três em cada dez apostadores gastam mais de R$ 100 por mês em sites de apostas. Considerando a população do Brasil, o mercado do país pode ser uma oportunidade de ouro para o setor do iGaming.
Segundo a Vixio Regulatory Intelligence, ele pode alcançar um valor até US$ 5 bilhões em um cenário regulado. A estimativa de arrecadação de impostos divulgada pelo governo brasileiro é de R$ 1,6 bilhão.
No entanto, é importante lembrar de seguir as regulamentações estabelecidas pela jurisdição, com destaque para conscientização sobre práticas de jogo responsável, para garantir a sustentabilidade da indústria a longo prazo.
Fonte: inplaySoft