SÁB 13 DE DICIEMBRE DE 2025 - 23:08hs.
Proposta vai diretamente ao Plenário

Comissão da Câmara aprova urgência para votação do projeto que eleva taxação das bets

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou nesta quarta (22) o regime de urgência para o projeto que aumenta a taxação das bets. A proposta é uma das alternativas do pacote de medidas para aumentar a arrecadação após a derrubada da MP que previa 18% de imposto direto sobre o setor. Dois PLs estão em tramitação na casa, que que eleva para 24% e outro para 25% a tributação das casas de apostas. O texto será analisado em Plenário, mas ainda não há data para votação.

 

Estamos solicitando e acho que isso vai sensibilizar o presidente Hugo Motta para por em pauta, além dos outros projetos de lei que serão apensados. Tivemos a assinatura de 34 deputados, de todos os partidos. Isso mostra a força deste debate que está sendo feito aqui” afirmou Rogério Correia, presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT).

Além de membros do colegiado, a reunião recebeu parlamentares da base governista em apoio à medida de aumento do imposto sobre as bets, inclusive o líder do PT, Lindbergh Farias, que propôs o aumento para 24% sobre o GGR.

A gente sabe que o impacto disso é gigantesco. Todo mundo tem alguém viciado na família. Tenho um gráfico da taxação no mundo... França tem 33%, Itália, 20% e aqui no Brasil estamos com 12%. Dá para avançar muito mais”, afirmou o deputado, esquecendo que os demais impostos aplicados a qualquer atividade econômica também incide sobre as bets. Com os outros impostos, a contribuição das das de apostas já chega a quase 40% das receitas líquidas.

Com a aprovação do requerimento de urgência, o PL de Lindbergh Farias poderá ser analisado diretamente pelo Plenário, sem passar por outras comissões. O texto eleva a alíquota cobrada sobre a receita bruta das apostas, atualmente em 12% para 24%. Mas poderá ser incorporado ao seu projeto outros que tratam do mesmo tema, inclusive um que eleva ainda mais a taxação, para 25%.

A articulação é liderada por parlamentares do PT e tem o aval da equipe econômica do governo, que busca recompor parte da perda de arrecadação com o fim da MP.

Fonte: GMB