
A pesquisa ouviu 1 mil pessoas em dezembro dd 2024. Quase 9% dos entrevistados afirmaram realizar apostas esportivas.
No Brasil, de acordo com o levantamento, o grupo de apostadores é de maioria masculina (70%); 59,7% têm entre 16 e 34 anos; 64,8% concluíram o ensino médio; 57,3% ganham até cinco salários mínimos; e 52,2% são solteiros.
Como principal razão para participar das plataformas de bets, o estudo mostra que 65,9% dos que fazem aposta esportiva esperam ganhar dinheiro e 20,3% citam entretenimento e diversão.
“Vemos um público muito masculino e mais jovem. Temos outras características que chamam a atenção. Falamos de um público de renda e ensino mais baixos”, afirma Paula Orrico, head de dados da Apex Partners.
“E é um público que, apesar de falar que joga para ganhar dinheiro, não tem o hábito de fazer investimentos ou de investir o dinheiro de forma planejada em produtos que são mais sólidos”.
A pesquisa também revela que os apostadores utilizam os salários ou rendimentos regulares para realizar apostas. São 64,3% nessa condição. Na sequência, eles citam que o dinheiro vem de bônus ou prêmio (10,9%), dinheiro extra (10,9%) e economias pessoais (10%).
A média de gasto mensal em apostas é de R$ 61,73 — a maioria (37,4%) diz gastar entre R$ 11 e R$ 50 reais. No outro extremo, 1,4% dos entrevistados apostam de R$ 301 a R$ 500 mensais.
Os dados da pesquisa também revelam haver um hábito consolidado entre os apostadores: 31,9% afirmam que apostam de um a três dias por semana e 24,1% dizem apostar diariamente. “Apesar de a média de valor (apostado) não ser muito alta, existe um público que tem um hábito de apostar que já está consolidado”, diz Paula.
Decisão do governo
Em 2024, as bets puderam pedir ao governo licenças para operar no Brasil. O mercado de apostas começou a atuar de forma regulada em 1º de janeiro. Ao todo, a Secretaria de Prêmios e Apostas autorizou 69 companhias — de forma provisória ou definitiva — no Brasil.
Segundo o levantamento da Futura Inteligência, 59,8% de todos os entrevistados da pesquisa dizem que o governo não está propondo medidas para conter as apostas online; 63,7% são favoráveis à adoção de regras para limitar as apostas online; e 62,1% afirmam que plataformas de apostas online deveriam ser proibidas.
Fonte: Estadão