Ramón Aznar Gil, diretor e fundador da Vaprel, diz que espera uma legislação séria, com muita "segurança jurídica e fiscal”, para voltar ao mercado brasileiro. Líder mundial na instalação de salas de bingo, a Vaprel foi responsável pela instalação de mais de 200 salas no Brasil durante a época de ouro dos bingos. Com a proximidade de reabertura, a Vaprel garante que trará excelentes novidades para encantar o Brasil.
GMB
– Antes de mais nada, gostaríamos que traçasse um perfil da Vaprel.
Ramón Aznar- A Vaprel dedica-se de corpo e alma, há
40 anos, em trabalhar para o mundo do bingo. Acredito que esta seja uma boa
carta de apresentação que nos permite mantermo-nos como referência obrigatória
e líder mundial.
O ano de 1977 foi decisivo, pois foi quando se legalizou o jogo na Espanha. Naquela época a Vaprel já visualizava essa possibilidade e já havia se preparado par abastecer rapidamente um mercado de jogo que acabava de nascer, o que nos deu ampla vantagem sobre os demais competidores.
Hoje, continuamos sendo um fabricante de referência mundial pois os clientes percebem toda credibilidade de nossos produtos. Durante todos estes anos a Vaprel sempre colaborou com governos e empresários de diferentes países que nos procuraram em busca de nossa experiência. Ajudamos com tudo que esteve ao nosso alcance, entre eles o Brasil e outros países, como a Itália, Portugal, Argentina, México e outros.
Nossa trajetória está amplamente consolidada e nossas ideias e objetivos em constante desenvolvimento e evolução, focando o futuro.
Quando
Vaprel chegou ao Brasil, nos anos 90, o país era muito atraente para a
indústria do jogo. Como foi chegar ao nosso mercado e quais as novidades que a
Vaprel trouxe para nós, que não conhecíamos o bingo e quais foram as conquistas
de sua empresa?
A importante chegada da Vaprel ao Brasil foi através
do sr. Pedro Secemski, homem de grandes contatos e um dos pioneiros do jogo no
Brasil. Por seu intermédio conseguimos reuniões com os dirigentes
governamentais da época para mostrar as possiblidades do setor. A partir disso
e após a nomeação do Zico como ministro dos Esportes, começou a regulamentação
do bingo.
As vitórias da Vaprel, entre outras, foram a de ter instalado no país mais de 200 salas de bingo e 2.700 quickers. Além de sermos os pioneiros em videobingo, tenho alcançado a marca de mais de 5.700 máquinas nas melhores salas do Brasil.
Como foi para a Vaprel estar com Pedro Secemski, um dos mais sérios e inteligentes empresários de jogo do Brasil?
Esse foi um privilégio que não estava ao alcance de muitos. A sorte de trabalhar ao seu lado nos ajudou muito a adquirir mais sabedoria e alcançar o objetivo de ser o número 1 do bingo no Brasil.
A
Vaprel tinha presença nas mais importantes salas de bingo do Brasil. Como foi
fazer isso e oferecer soluções integradas para instalações de tantos bingos no
país?
Ramón Aznar – Indiscutivelmente foi fundamental
nossa tecnologia e experiência no setor de muitos anos e os conhecimentos do
mercado brasileiro de nosso sócio, o sr. Secemski. Estes fatores criaram muita
confiança nos potenciais e importantes clientes, que se arriscaram fazendo
grandes e luxuosas instalações. A isto, somamos um serviço personalizado para
cada instalação, que esteve respaldada por uma eficiente fabricação e um
excelente serviço técnico que dávamos a todas as salas.
Acreditava
que da noite para o dia acabariam com o setor? Como foi para a Vaprel o
encerramento da atividade de bingo?
Isso era algo que temíamos, pois desde o primeiro
momento observamos que não havia uma segurança jurídica e um acompanhamento
adequado de fiscalização. Víamos que um dia o setor poderia sucumbir, o que
acabou acontecendo.
No
momento o Brasil está em vias de aprovar uma nova legislação para a atividade
de jogos. Está acompanhando este movimento e prepara-se para atuar novamente em
nosso país?
Claro que sim. O Brasil é um grande país, com
empresários e empreendedores muito importantes. Apenas desejo que os
parlamentares façam uma lei e regulamentos sérios, que definam muito bem os
marcos jurídicos e fiscais e que a lei dure bastante tempo. Somente desta
maneira se alcança um nível de confiança adequado entre governo e empresas para
que os investimentos aconteçam.
O
que pensa das discussões que estão acontecendo na Câmara dos Deputados e no
Senado? Teremos, na sua avaliação, uma legislação interessante para o setor?
Acredito que é muito bom que se discuta, agora,
tudo que envolve o setor, inclusive com a sociedade, para que não fique "nenhum
cabo solto”, como dizemos na Espanha. Desta maneira, tenho certeza de que sairá
uma boa legislação.
Quais
são os seus planos para quando tenhamos a lei aprovada? Já estuda parcerias no
Brasil para este novo momento que chegará?
Nossos planos passam por seguir sendo o melhor
fabricante mundial em nossa especialidade, que é o bingo. E isto, claro, inclui
o Brasil. Neste novo momento, que chegará, estaremos presentes para atender a
todas as demandas de nossos clientes, adaptando-nos às novas exigências do
mercado brasileiro.
Não podemos nos esquecer que, como pioneiros e líderes na Espanha, temos revolucionado o setor com novas tecnologias (BES e E-PLUS), em que temos conseguido aumentos que vão de 21% a 32% nas vendas de cartelas. Esta mesma tecnologia será a que apresentaremos ao Brasil e tenho certeza que irá encantar o país e será uma revolução para os novos bingos brasileiros.
Fonte: GMB
Autor: Gildo Mazza