VIE 15 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 01:21hs.
Jan Jones Blackhurst

“Cada hotel-cassino geraria de 3.000 a 5.000 empregos para o Brasil”

Ex-prefeita de Las Vegas e atualmente representante da Caesars Entertainment, afirmou em entrevista a Forbes Brasil que os investidores precisarão de segurança jurídica e que a operadora, umas das maiores do mundo, investirá no Brasil o quanto for preciso.

Uma das maiores operadoras de cassino do mundo já está pensando em fazer investimentos nos mercado. Jan Jones Blackhurst, ex-prefeita de Las Vegas por dois mandatos (1991-1999) e atualmente vice-presidente de relações governamentais e de responsabilidade corporativa da Caesars Entertainment Corporation, concedeu entrevista a revista Forbes Brasil e falou sobre os planos da empresa para o Brasil assim que a regulamentação dos cassinos for aprovada.

A americana demonstrou preocupação quanto a estabilidade da futura lei que pode ser aprovada; afirmou que o país deve trabalhar com transparência não mudar regras durante o jogo. Jan Jones Blackhurst também respondeu sobre um dos principais argumentos de quem é contra a legalização: o risco de aumento de viciados em jogo.

"O jogo sempre despertou controvérsias. Mas a legalização não cria viciados, a dependência já existe, já está lá de alguma forma. Por isso, é importante que a regulamentação garanta a implantação de programas que lidem com essa questão. Parte do dinheiro arrecadado deve ser usada para ajudar pessoas que precisam”.



A representante do grupo Caesars Entertainment Corporation também falou que para a construção de um cassino é previsto um investimento que poder girar em torno US$ 1 bilhão a US$ 5 bilhões, gerando empregos durante a obra e depois com o cassino em funcionamento.

"Durante a construção, de 2 mil a 4 mil empregos. Quando já estiver em funcionamento, os serviços de hotelaria, alimentação, lazer, marketing, administração etc. demandam cerca de 3 mil trabalhadores diretos e 5 mil indiretos. Além disso, toda a economia ao redor – fornecedores de alimentos, de móveis, de produtos e serviços de limpeza – movimenta por ano algo entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões".

 Ao final da conversa, ela voltou ressaltar a importância da segurança jurídica para os operadores e afirmou que a empresa não impôs limites para um possível entrada no mercado brasileiro.

"Dependendo da segurança jurídica que a legislação nos oferecer, da transparência dos termos e dos parceiros envolvidos, investiremos o que for necessário”.

Fonte: GMB/Forbes Brasil