O CEO da Las Vegas Sands alvoroçou as discussões sobre a aprovação da lei do jogo no Brasil por conta de sua visita ao país para ver de perto as possibilidades e o potencial do mercado em vias de ser aberto. Visionário, Adelson pretende ser um dos primeiros empresários a conquistar o país e transformar em sucesso também por aqui sua grife de cassinos que ganhou notoriedade em Las Vegas, Macau e Cingapura. Para interlocutores próximos do megaempresário, a aprovação de uma lei consistente no país poderá fazer do Brasil o terceiro melhor mercado para o grupo, depois de Vegas e da região especial da China.
Os assessores mais próximos afirmam que o CEO de uma das maiores cadeias de hotéis-cassinos do mundo quer aproximar-se mais das discussões em torno da aprovação de uma lei no Brasil e que a visita a empresários, deputados, senadores e ao alto escalão do governo Temer servirão para subsidiar o empresário na tomada de decisões quanto aos investimentos no mercado brasileiro. Dinheiro não falta ao bilionário (uma das 20 maiores fortunas pessoais do mundo), nem apetite para novos mercados. Foi assim em Cingapura e agora seus olhos estão abertos particularmente para os mercados da Coréia, Vietnã e, claro, Brasil.
Sua primeira atividade oficial foi uma audiência com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, para quem deixou claro, segundo uma fonte da Games Magazine, que a corporação está de olho no próprio Rio de Janeiro pelo que a cidade representa não só para o Brasil mas pelo reconhecimento internacional como polo de atração turística, e em outras duas regiões, não informadas para manter o sigilo dos estudos iniciais. A fonte disse que o empresário está apreensivo quanto ao Rio, que pode apresentar alguma dificuldade na instalação de um hotel-cassino pelo próprio desenho da lei em discussão. Brasília é a segunda parada do investidor.
Cartas na mesa (ou melhor, investimento nos planos do magnata)
O empresário já sinalizou que os investimentos de sua corporação podem superar os US$ 8 bilhões. A ideia inicial era um mega-empreendimento nos moldes do que fez em Macau e, mais recentemente, em Cingapura. Mas pelas características continentais do Brasil e pelos estudos de mercado já encomendados por ele, é possível que três empreendimentos aconteçam, o que poderá torná-lo o maior investidor pelo menos no acender das luzes para o fascinante mundo dos cassinos, muito bem representado por suas grifes, tanto em Las Vegas quanto em Macau e Cingapura.
Em conversas reservadas, Sheldon Adelson tem demonstrado que acredita na aprovação ainda neste ano de uma lei de jogo no Brasil e tem dito para interlocutores mais próximos que "o país está buscando sua inserção no mercado global de turismo e isso passa necessariamente pela implementação de ferramentas de atração de turistas, como os cassinos”.
Em duas oportunidades, uma delas no início do segundo semestre de 2016 e outra no começo deste ano, assessores "não oficiais” do CEO da Las Vegas Sands estiveram no Brasil para sondar o andamento das discussões no Congresso. Como o vai e vem dos projetos na Câmara e Senado jogou a decisão para a metade deste ano, Adelson tomou a decisão de fazer a visita pessoalmente e ver como anda a carruagem... E essa visita só acendeu o farol de que em breve boas novas podem fazer com que outros fortes empresários façam viagens para cá com objetivos parecidos.
Fonte: GMB