A lei é defendida e esperada em praticamente todos os setores da economia fluminense e tem sido empurrada por alguns dos grupos da sociedade civil mais engajados no Rio, como o Rio Vamos Vencer e o Coalizão Rio.
O ex-governador e ex-prefeito de Campos afirma que a Bíblia diz “Tudo lhe é permitido, mas nem tudo lhe convém” e orienta os cristãos para não serem como os fariseus, que se dizem religiosos e não o são.
Continua o político dizendo que “Deus não gosta que você frequente ambiente que não são saudáveis. Se você acha que aquele ambiente não é saudável, não vá“, e diz mais, para não “colocar Deus no meio em algo que não tem nada a ver“.
Garotinho sabe que a sua opinião não irá agradar a todos, mas prefere que as pessoas saibam o que pensa e pede argumentos para quem é contra. Segundo ele, o Brasil poderia arrecadar pelo menos R$ 29 bilhões por ano com impostos sobre os jogos de azar permitidos, tendo assim muito mais recursos disponíveis para programas importantes como o Auxílio Brasil.
A estimativa que faz é que os Cassinos poderiam gerar até 200 mil novos empregos. Também relembra que muito se diz que no Brasil que o jogo não é legalizado, mas em qualquer esquina tem uma banca do bicho, e ainda cita o tradicional programa Silvio Santos como uma espécie de jogo.
Para ele, quem não é pobre é que irá jogar nos cassinos; e debocha de quem afirma que os cassinos vão servir para lavar dinheiro: no nosso país, para ele, seriam os bancos que lavariam o dinheiro.
O contraponto de Marcelo Freixo
No mesmo vídeo, Garotinho dá uma leve cutucada no deputado federal e pré-candidato a governador do Rio, Marcelo Freixo (PSB) que se posiciona contra os cassinos com o argumento de que o seu advento poderia aumentar o endividamento e desagregar as famílias. O candidato tem tentado se aproximar dos evangélicos e religiosos em geral, criando uma espécie de “Freixinho Paz e Amor“, segundo analistas.
Além de ter falado que o pobre não será o principal cliente ou usuário dos Cassinos, Garotinho acredita que não haverá desagregação, “pois vai quem quer“. E completou, dizendo que hoje as famílias já estão desagregadas. E termina atirando: “se não pode legalizar o jogo que se acabe com a Telesena, Mega Sena, Loto Fácil e que o próprio governo tem jogo. Sem contar os jogos online que as pessoas ficam jogando e que todos estão hospedados no exterior e que cobram imposto no exterior do dinheiro que o brasileiro joga“.
O DIÁRIO DO RIO consultou teólogos e verificou que, de fato, os textos bíblicos não chegam a citar nenhuma proibição expressa à jogatina, à loteria, ou a apostas especificamente. O livro sagrado do povo Cristão recomenda que evitemos o amor ao dinheiro, tendo em vista que a cobiça seria a origem de todos os males – assim é dito em I Timóteo 6:10 e também em Hebreus 13:5. O ‘good book’ também aponta o cristão deveria manter-se distante da busca pelo enriquecimento fácil, o que se demonstraria nas passagens de Eclesiastes 5:10 e Provérbios 13:11; 23:5.
Fonte: DIÁRIO DO RIO