MIÉ 27 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 03:48hs.
Entrevista exclusiva

Hugo Baungartner: “Loteria ajudará na regulação do jogo no Brasil e 27th Gaming está de olho nisso”

O 27th Gaming Group participou da Global Gaming Expo para mostrar suas soluções completas para o setor de jogos, que envolvem plataforma de apostas esportivas, jogos online e máquinas para o mercado land-based. Em conversa exclusiva com o GMB, Hugo Baungartner, responsável pelos negócios globais, exceto EUA, apontou o mercado de loterias do Brasil como o primeiro foco da empresa no momento.

A união do jogo online, presencial e de loterias é uma realidade em muitos mercados e tratado com muito carinho pelo 27th Gaming Group. A empresa atua em todos os segmentos por meio da BetConnections, desenvolvedora de plataforma de apostas e bastante conhecida no Brasil e América Latina, da Jackpot Software, estúdio de desenvolvimento de jogos, e Fusion, que acabou de ampliar a linha de máquinas à disposição do mercado na Global Gaming Expo. Além disso, a empresa é líder no mercado de loterias do estado americano da Georgia.

Hugo Baungartner, que acaba de assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento dos negócios da empresa fora dos Estados Unidos, conversou em exclusividade com o GMB sobre a empresa, os lançamentos e as expectativas quanto ao mercado brasileiro.

No evento, o 27th lançou mais três máquinas para o mercado de cassinos terrestres e reforçou a divulgação da aquisição de parte das ações da BetConnections, desenvolvedora de plataforma de jogo bastante conhecida no Brasil e com forte presença na América Latina.

De acordo com o executivo, as linhas do 27th Gaming Group se complementam e isso passa a ser uma grande vantagem competitiva para a empresa. “Recentemente o grupo adquiriu uma porcentagem da BetConnections, para complementar a linha da Jackpot Software e da Fusion, focada no land-based. Ou seja, temos as soluções para todos os mercados e em breve teremos novas aquisições para complementar mais ainda nossa oferta”, garantiu.

Segundo ele, a empresa tem ainda um grande foco no mercado de loterias, sendo líder no estado americano da Georgia. A empresa vê com bons olhos setor de loterias no Brasil e já esteve no Brasil para conhecer de perto o segmento e analisar as oportunidades. “Vamos ver se em breve começamos a fazer algo no Brasil nessa linha de negócios”, afirmou.

Na sua avaliação, a área de loterias no Brasil é um caminho sem volta. “Se vai ser daqui um mês ou um ano, os estados terão suas loterias e será um caminho para que o povo brasileiro e as autoridades entendam que é um mercado que existe e que precisa ser explorado e regulamentado. Acho que a loteria, de alguma forma, vai ajudar essa regulamentação do jogo no Brasil”, concluiu.

 

Games Magazine Brasil – Você acaba de assumir uma importante responsabilidade de tocar os negócios do 27th Gaming Group em todo o mundo, exceto nos Estados Unidos. É um grande desafio?
Hugo Baungartner –
Sim, uma tremenda responsabilidade, como você disse. Contente com o novo desafio no 27th Gaming Group. Recebei esse desafio há alguns meses e feliz porque temos coisas bacanas, soluções diferentes e um portfólio de produtos que se complementam. Estou encarregado de todos os negócios fora dos Estados Unidos. Vou atuar na Ásia, Europa e América Latina, onde temos um pouco de experiência.

Quais são as novidades do 27th na feira?
O desenvolvimento de jogos para land-based começou há um ano. É muito recente. Lançamos três jogos no ano passado, terminamos com seis e para a G2E acabamos de divulgar o último pack, de três jogos, entre eles o Diamond, uma novidade com vários progressivos e toda a matemática e filosofia dos links. A resposta tem sido muito interessante, especialmente pelos clientes da América Latina e Ásia que estiveram em nosso estande e gostaram muito do que viram. Logicamente cada mercado tem sua particularidade e entendemos e sabemos disso. Todos os jogos serão certificados em janeiro para que possamos entrar em todo os mercados possíveis com os jogos da Fusion Group Games.

Muito interessante essa questão de complementaridade, em que a 27th abrange plataforma, máquinas land-based e jogos online. Isso dá ainda mais reponsabilidade para essa função que está assumindo.
Exatamente. Recentemente o grupo adquiriu uma porcentagem da BetConnections, que já é bem conhecida no Brasil e com vários clientes na América Latina, para complementar nossa linha com a Jackpot Software, estúdio de desenvolvimento de jogos. Complementamos com a BetConnections, que tem toda uma plataforma já bem integrada no mercado e funcionando há alguns anos, e a Fusion, focada em land-based. Ou seja, temos as soluções para todos os mercados e em breve teremos novas aquisições para complementar mais ainda nossa oferta.

E para todos os mercados quais, já que todos menos o Brasil. Gostaria que você falasse especificamente desse mercado.
Todos nós conhecemos o Brasil e não é novidade para ninguém como está o mercado atualmente. Mas estamos olhando com muito carinho para a área de loterias no Brasil. É parte de minha função levar essas oportunidades para o Grupo e sem poder adiantar muito mais, estamos indo nessa direção no Brasil. Sobre aos outros projetos de lei e quando serão aprovados, é muito difícil de dizer. Cada um tem uma opinião e um ponto de vista. Mas concretamente estamos de olho no mercado de loterias no Brasil.

Aliás, um mercado em que o 27th Gaming Group tem uma posição muito consolidada na Georgia!
Exatamente. O proprietário da empresa já tem muitos anos no mercado de loterias no estado da Georgia e vê com carinho esse mercado. Já estiveram no Brasil para conhecer de perto o setor e sabem das oportunidades e vamos ver se em breve começamos a fazer algo no Brasil nessa linha de negócios.

O difícil é a questão da estadualização. A Caixa perdeu o monopólio, os estados não conseguiram criar suas loterias e as existentes ainda estão engatinhando na definição de modelo de negócios e modalidades lotéricas.
Exato, mas na minha avaliação isso é um caminho sem volta. Já está consolidado e logicamente os diferentes estados têm suas particularidades e tempos. Alguns precisam criar suas loterias e outros que já possuem, têm de definir como será o modelo de negócios. Mas acredito que é um caminho que não tem volta. Se vai ser daqui um mês ou um ano, os estados terão suas loterias e será um caminho para que o povo brasileiro e as autoridades entendam que é um mercado que existe e que precisa ser explorado e regulamentado. Acho que a loteria, de alguma forma, vai ajudar essa regulamentação do jogo no Brasil.

Fonte: Exclusivo GMB