A FBM, empresa com DNA brasileiro e uma das líderes mundiais no fornecimento de máquinas para bingos e cassinos terrestres, participou em grande estilo da Global Gaming Expo juntamente com o braço digital da empresa, a FBMDS, que mostrou suas soluções para o mundo online.
Em conversa exclusiva com o GMB, Rui Manuel Mendes Francisco, fundador da FBM, disse que a união do land-based com o digital deu um grande impulso à empresa após a pandemia de covid-19 que assolou o mundo.
Para ele, a G2E voltou ao normal, assim como o mercado, que está se recuperando. “Continuamos investindo e ampliando nossas operações” disse, destacando que a FBMDS encontrou um importante nicho ao desenvolver as soluções para o jogo online.
“As duas seguem crescendo, mas o mundo digital teve um grande boom, causado pela própria pandemia. Com isso, voltamo-nos para desenvolver novas oportunidades, criar novos jogos e novos sistemas. Para nós, é motivo de grande orgulho o crescimento que estamos alcançando”, afirmou.
Hoje, todas as soluções land-based são replicadas para os jogos digitais da FBMDS, o que garante um reconhecimento de marca, por parte dos jogadores, que orgulha o fundador da empresa. “Isso é importante, pois conseguimos ter um cliente fiel ao nosso produto no land-based e levamos a ele outras opções de jogo”.
Durante a pandemia, a empresa manteve seu quadro de funcionários, numa decisão visionária. “O que isso nos trouxe de vantagem? Não temos de perder tempo agora em treinar pessoas para desenvolver coisas novas. Viemos fazendo isso durante a pandemia e as oportunidades estão aí e pretendemos alcançá-las”.
Segundo o executivo, “o mercado está excelente” e a o grupo, assim como toda a indústria mundial do jogo, “está olhando para o Brasil como se fosse o oásis não descoberto do jogo. O potencial do Brasil é enorme e o brasileiro, um povo que gosta de jogar e de se divertir”.
Rui Francisco diz que a regulamentação e legalização dos jogos no Brasil “seria extremamente importante. Começamos lá e aprendemos a fazer jogos lá. Ao mesmo tempo acreditamos ter muito conhecimento da cultura e da maneira como pensam os jogadores brasileiros. Então, estaríamos aptos a fornecer ao Brasil os produtos já devidamente adequados à cultura local”, afirmou.
“Já existe uma consciência na população de que isso é uma coisa normal e que o jogo mais tarde ou mais cedo terá de ser regulamentado. Espero que seja próximo. O que está acontecendo no Congresso é algo positivo e não temos mais aquela visão obscura do que é o mundo do jogo, como era antigamente”, concluiu.
Games Magazine Brasil – Que avaliação você faz da G2E 2022?
Rui Manuel Mendes Francisco – É a grande feira depois da pandemia. Tivemos um período difícil, onde praticamente ficamos isolados pela covid-19. Este está sendo o ano mais, digamos, normal. Hoje a feira está completa e praticamente toda a indústria está aqui. Las Vegas é a meca do jogo e esta é a feira mais importante do mundo. Para todos, esta edição da feira é a ressureição pós do pós-pandemia.
Quais são as novidades da FBM e da FBMDS no evento?
A FBM, como sabem, é a empresa que fabrica máquinas para cassinos e nosso mercado é o land-based. Continuamos como antes, investindo e ampliando nossas operações. E a FBMDS é a empresa do grupo que hoje se volta especificamente para o mercado digital, fornecendo nossos jogos para outras empresas, o chamado mercado B2B. As duas seguem crescendo, mas o mundo digital teve um grande boom, causado pela própria pandemia. Com isso, nos voltamos para desenvolver novas oportunidades, criar novos jogos e novos sistemas. Para nós, é motivo de grande orgulho o crescimento que estamos alcançando.
E uma demonstração de muita força tecnológica para vocês que produziam máquinas e perceberam a importância de um novo mercado. A rapidez na reação é importante!
Claro. Identificar a oportunidade foi o primeiro passo. O mundo se volta para a era digital e para o mercado online e não podíamos deixar de observar isso. Assim, investimos pesado na contratação de engenheiros, formamos uma equipe forte e estamos bastante esperançosos com nosso crescimento e com a qualidade dos produtos que estão sendo distribuídos para centenas de cassinos em volta do mundo.
É um ecossistema completo, com land-based e online?
A verdade é que replicamos todos os produtos do land-based para o online. Cada máquina que lançamos para cassino automaticamente entregamos o mesmo produto para ser usado nos cassinos online, claro que com as devidas adaptações. Mas o dinamismo é automático e muito rápido.
Esse detalhe é importante já que muitos clientes acostumados a ir a cassinos terrestres veem uma máquina FBM e ao entrarem em um cassino online encontram a mesma máquina da FBMDS.
Sim e isso é importante, pois conseguimos ter um cliente fiel ao nosso produto no land-based e levamos a ele outras opções de jogo. Muitos gostariam de estar em casa no sofá, jogando, e agora têm essa oportunidade. O que oferecemos? Jogos exatamente iguais, obviamente adaptados ao telefone ou ipad, porque são diferentes as maneiras de jogar, mas que contemplam as mesmas matemáticas, gráficos e sistemáticas que envolvem o jogo. Isso é oferecido em um ambiente completamente diferente daquele que estava acostumado, mas sem precisar sair de casa.
Como está o mercado globalmente para a FBM e para a FBMDS?
O mercado está excelente. Esperar que o mercado voltasse ao normal foi um grande desafio. Mantivemos nosso corpo operacional 100% funcional durante a pandemia. Conseguimos manter todos os colaboradores dentro da empresa, sem ter de cortar custos. Foi um grande desafio, pois são mil e ‘tralalá’ pessoas e ao final conseguimos voltar com toda a força e com produtos inovadores. O que isso nos trouxe de vantagem? Não temos de perder tempo agora em treinar novas pessoas e novos técnicos para desenvolver coisas novas. Viemos fazendo isso durante a pandemia e as oportunidades estão aí e pretendemos alcançá-las.
Por falar em oportunidades, como você vê as perspectivas do Brasil para a FBM, que tem um DNA brasileiro indiscutível, quanto à abertura do mercado para jogo?
O que vemos é que a indústria do jogo no mundo está olhando para o Brasil como se fosse o oásis não descoberto do jogo. O potencial do Brasil é enorme e o brasileiro é um povo que gosta de jogar e de se divertir. Para nós, seria extremamente importante. Começamos lá e aprendemos a fazer jogos lá. Ao mesmo tempo acreditamos ter muito conhecimento da cultura e da maneira de como pensam os jogadores brasileiros. Então, estaríamos aptos a fornecer ao Brasil os produtos já devidamente adequados à cultura local. Isso é uma grande vantagem, que nos traz a grande oportunidade de chegar primeiro e com uma força bastante forte.
Você vê como próxima a regulamentação e a legalização?
Isso é difícil [de dizer]. Há anos escutamos que está próximo, que é agora, que vai acontecer. Digo que talvez o tema, hoje, não é mais o bicho de sete cabeças que era antes. Vemos o brasileiro não vendo a palavra jogo, bingo ou cassino, como algo do mal, vindo das trevas. Já existe uma consciência na população de que isso é uma coisa normal e que o jogo mais tarde ou mais cedo terá de ser regulamentado. Espero que seja próximo, mas adivinhar o que vai acontecer é difícil. O que está acontecendo hoje no Congresso é algo positivo e não temos mais aquela visão obscura do que é o mundo do jogo, como era antigamente.
Fonte: Exclusivo GMB