MIÉ 27 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 03:32hs.
Licitação internacional

Estoril-Sol fica com cassinos do Estoril e de Lisboa após exclusão da Bidluck

O júri da licitação internacional para a atribuição da concessão da Zona de Jogo do Estoril, que engloba os cassinos do Estoril e de Lisboa, decidiu excluir a proposta que tinha sido apresentada pela Bidluck e entregar este negócio ao grupo Estoril-Sol, controlado pelos descendentes de Stanley Ho, que tinha oferecido cerca de 20 milhões de euros a menos do que a concorrente.

Num comunicado enviado à CMVM, o Estoril-Sol informa ter sido notificado pelo júri da licitação, através de um relatório preliminar de análise das propostas que tinham sido apresentadas. Seguem-se agora “as fases seguintes do procedimento, designadamente o prazo para audição prévia das entidades proponentes”, acrescenta nesta mesma nota o grupo que é o maior operador português do setor.

A quase desconhecida Bidluck, quando do lançamento do site de jogos online em Portugal foi apresentada como uma casa de apostas pertencente à B-Lucky Entertainment B.V., que tem registro comercial em Curaçau, uma pequena ilha holandesa no Caribe. Ela entrou na corrida pela exploração dos cassinos do Estoril e de Lisboa com uma contrapartida global de 86 milhões de euros ao ano, entre valores fixo e variável.

Segundo noticiou o Público na semana passada, Jorge Manuel Galvão Miguel, administrador da Bidluck SA, com sede em Leiria, está sendo julgado no Tribunal de Viseu por um crime de exploração ilícita de jogo. Juntamente com mais quatro arguidos, de acordo com a acusação do Ministério Público, montou um esquema que consistia em “colocar máquinas de jogos de fortuna ou azar em cafés e snack-bares na região central do país”.

As concessões das salas de jogo do Estoril e de Lisboa, assim como o da Figueira da Foz, deviam ter terminado no final de 2020, mas devido ao impacto da pandemia acabaram por ser prolongadas por dois anos. No caso do cassino figueirense, a concessão deverá manter-se nas mãos da Amorim Turismo por mais 15 anos, pelo menos. É que o grupo nortenho, que também detém 32,7% do Estoril-Sol, foi o único a apresentar proposta até ao final do prazo, 30 de setembro.

Fonte: ECO