De acordo com o projeto aprovado na Câmara, para sediar um cassino, os empreendimentos deverão ter hotéis de alto padrão com pelo menos 100 quartos, locais para reuniões e eventos de grande porte, restaurantes, bares e centros de compras.
O empresário Lucas Izoton, que é um dos condôminos do Hotel Vista Azul, em Pedra Azul, afirmou que se a regulamentação não for tão rigorosa, talvez o hotel tenha condições de se adaptar para receber o cassino.
O imóvel tem 229 apartamentos ao todo. “Atenderia ao mínimo de 100 quartos de hotel de alto padrão. Os 229 apartamentos fazem parte de um condomínio. Por isso, teria de haver uma assembleia dos condôminos sobre o assunto”, afirmou.
Mas ele pontuou que, de toda forma, investir na infraestrutura da região é essencial. “Quem vai para um cassino não quer perder tempo. Tem que ser agilizada a duplicação da BR-262 até Pedra Azul. Melhorar a infraestrutura do interior e ter um aeroporto são coisas mínimas.”
Ele entende que Pedra Azul está na frente para receber o empreendimento porque quem vai para um cassino quer um lugar mais reservado. “Local de praia já é mais popular”.
O empresário Valdeir Nunes explicou que para o número de hotéis e restaurantes que a região abriga hoje, a infraestrutura é muito boa. Mas destacou que um cassino atrairia ainda mais melhorias.
Outro local que também é cotado para receber o empreendimento é Guarapari. A cidade, inclusive, já abrigou um hotel-cassino: o Radium Hotel.
O diretor da Federação do Comércio do Espírito Santo, José Carlos Bergamin, explicou que Pedra Azul e Guarapari são lugares mais consolidados, onde o público já circula. Por isso, são mais cotados. “Vai dar certo mais rápido”.
De acordo com a proposta aprovada na Câmara, os empreendimentos deverão funcionar em complexos integrados de lazer, que precisam ter hotéis de alto padrão com pelo menos 100 quartos, locais para reuniões e eventos de grande porte, restaurantes, bares e centros de compras. O espaço físico do cassino deverá corresponder a, no máximo, 20% da área total construída.
Localização
O Ministério da Economia vai considerar a existência de patrimônio turístico a ser valorizado e o potencial para o desenvolvimento econômico e social da região que irá receber o empreendimento.
No Espírito Santo, considerando o projeto como está atualmente, só poderá haver um cassino com complexo integrado de lazer, já que a população é inferior a 15 milhões de habitantes. Além disso, o Estado poderá ter um cassino turístico.
Empregos
A estimativa da Federação é de que a abertura de um cassino no Estado vai criar um total de 7.500 vagas de emprego, movimentando toda uma cadeia que envolve bares, restaurantes, hotéis, lazer, espetáculos, shows e atrações culturais.
Fonte: GMB / Tribunaonline