O projeto de lei determina que os cassinos poderão ser instalados em resorts como parte de complexo integrado de lazer que deverá conter, no mínimo, 100 quartos de hotel de alto padrão, locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras. A criação do espaço está relacionada com a população do estado. Ou seja, em estados com até 15 milhões de habitantes, o caso de Santa Catarina, poderá existir apenas um cassino.
Outra possibilidade é o cassino turístico que, neste caso, deve estar localizado em cidades classificadas como polos ou destinos turísticos. Nesta modalidade será permitida a instalação de um cassino, independentemente da densidade populacional do estado em que se localizem. No entanto, um cassino turístico não poderá ser localizado a menos de 100 km de distância de qualquer cassino integrado a um complexo de lazer.
Turismo conectivo
Ivan Jasper, diretor-geral de Turismo de Brusque, comenta sobre as expectativas para a movimentação na cidade caso a lei seja sancionada e um cassino for instalado na região. Ele diz que se Balneário Camboriú tiver uma estrutura, o turismo deve acontecer de forma conectada com Brusque e região.
Em relação às casas bingos, Ivan analisa que pode haver uma dificuldade para Brusque ter essa estrutura, visto que o projeto de lei determina que o espaço fique em estádios com capacidade acima de 15 mil torcedores.
“Entramos em outra dificuldade, pois estamos nas tratativas para construção do estádio do Brusque, não temos isso ainda. Será credenciada no máximo uma casa de bingo a cada 150 mil habitantes, então até quando evoluir a construção talvez a cidade já esteja habilitada”.
Ivan destaca que o impacto para Brusque pode ocorrer no âmbito do turismo conectivo. “A família que vem para um resort e se quiserem jogar, terá outros momentos para usufruir do turismo e deve trazer mais público para região”.
Se a lei for sancionada e caso Balneário Camboriú seja uma das cidades a implantar um cassino, o diretor pontua que a divulgação de Brusque deve ser ampliada para a região. “Os próprios donos dos shoppings de atacadista e varejo já terão essa iniciativa, além do setor público. Para uma família que vem de outro estado, andar mais 100 quilômetros não é nada”.
No entanto, ele ressalta que ainda não se sabe qual será o perfil do público que frequentará os lugares.
Dois lados da moeda
Em relação ao jogo do bicho, Ivan acredita que funcionará com pontos credenciados, semelhante ao que ocorre com as vendas dos carnês de Trimania. “Claro que até lá existirão uma série de outras regulamentações que deverão ter, mas eu pressuponho que seja dessa forma”.
O diretor afirma que em relação à questão comercial, o projeto de lei se mostra positivo. No entanto, Ivan pontua que para as pessoas com dificuldade de controlar o impulso ou com problemas de vício em jogos, isso pode ser ruim. “São os dois lados da moeda e isso só saberemos se o resultado será benéfico ou não só depois de um tempo”, finaliza.
Fonte: O Município