“Essa aceitação agora de que haverá o potencial de jogos nos Emirados Árabes Unidos, seja qual for a forma, permite que pessoas como Caesar’s e MGM também analisem isso de perto”, disse Costa à Reuters. “Acho maravilhoso”.
O Caesars Palace foi inaugurado em Dubai em 2018, mas o local atualmente não oferece jogos. Também opera o Caesars Bluewaters Dubai. Em 2018, a empresa disse que licenciaria quatro de suas marcas – Caesars Palace, Flamingo, The Cromwell e The LINQ – para entidades imobiliárias interessadas em usar essas marcas em todo o mundo.
Não muito longe do Caesars Palace Dubai, o MGM Resorts International está construindo um hotel. Mas o gigante da Las Vegas Strip disse à Reuters que os jogos não fazem parte de seu planejamento para o local.
Emirados Árabes Unidos podem se tornar um mercado interessante
Com o mercado dos EUA saturado e Macau não aberto a novos concessionários, os grandes operadores de cassinos estão explorando o mundo em busca de mercados com “grande potencial”.
Embora os Emirados Árabes Unidos tenham proibido o jogo há muito tempo, acredita-se que, se os emirados suavizarem essa postura, a região poderá se encaixar como a próxima estrela dos jogos de cassino internacionais. Nesse sentido, os analistas estimam que a Wynn pode gerar retorno sobre o investimento de pelo menos 20% em seu projeto na Ilha Al-Marjan.
O retorno financeiro de um resort integrado em Dubai pode ser igualmente ou mais atraente, porque esse emirado é maior, mais chamativo e mais visitado por turistas e empresários internacionais do que Ras Al Khaimah.
Essas são características relevantes para qualquer cassino em Dubai, porque se o jogo for legalizado nos Emirados Árabes Unidos, é provável que o modelo de Cingapura seja seguido. Lar de dois resorts integrados, Cingapura capitaliza esses locais como um meio de impulsionar o turismo para a cidade-estado enquanto cobra dos moradores locais para entrar nas propriedades. Locais semelhantes nos Emirados Árabes Unidos podem ir ainda mais longe e ser apenas para estrangeiros. Mas isso não será um obstáculo para os operadores, porque os estrangeiros representam 90% da população local.
Os comentários de Costa sobre o Caesars considerando jogos de cassino em Dubai podem ser outro sinal de que a empresa está mais aberta à expansão internacional do que se pensava anteriormente.
Quando a empresa conhecida como Eldorado Resorts anunciou sua oferta para adquirir o “velho Caesars” em junho de 2019, o CEO Tom Reeg disse que, na época, as oportunidades de se aventurar em mercados internacionais precisariam ser “estupendas para estarmos nessa direção”.
No ano passado, a empresa desistiu de um projeto de resort integrado na ilha de Yeonjong, na Coreia do Sul. Naquela época, Reeg disse ironicamente que a empresa vendeu sua participação no projeto da Coréia "por um pouco de churrasco de porco".
No entanto, em setembro passado, o Caesars se juntou a um consórcio que buscava implantar um resort integrado em Wakayama, no Japão. Dubai pode ser ainda mais atraente para a empresa de jogos, porque possui infraestrutura existente, o que significa que pode conter os custos de construção.
Fonte: Casino.org