O despacho refere que a avaliação da licitação terá em conta fatores como "a experiência na exploração de jogos de fortuna ou azar", "o interesse para a Região Administrativa Especial de Macau proveniente dos investimentos" e "o plano de gestão dos cassinos".
A comissão de licitação irá ainda apreciar "as responsabilidades sociais" que as operadoras pretendem assumir, a "fiscalização e prevenção de atividades ilícitas nos cassinos" e "os planos destinados à expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros".
Cada um dos concorrentes terá de pagar uma caução de pelo menos 1,22 milhões de euros.
A nova lei do jogo de Macau, aprovada em 21 de junho, prevê que a carga fiscal dos cassinos, 40% das receitas brutas, poderá ser reduzida no máximo em até 5%, "por razões de interesse público, nomeadamente por razões de expansão dos mercados de clientes de países estrangeiros".
Na quarta-feira, num outro despacho, Ho Iat Seng já tinha anunciado a criação da comissão de licitação para a atribuição das licenças de jogo, que inclui os secretários para a Administração e Justiça, André Cheong Weng Chon, para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, e para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U.
A comissão inclui ainda o diretor dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico, Anton, Tai Kin Ip, a diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, o diretor da Inspeção e Coordenação de Jogos, Adriano Marques Ho, o diretor da Polícia Judiciária, Sit Chong Meng, e o diretor dos Serviços de Solos e Construção Urbana, Lai Weng Leong.
Macau, capital mundial do jogo e o único local na China onde o jogo em cassino é legal, vive o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, o que levou as autoridades a decretarem o estado de prevenção imediata e um confinamento parcial, que determinou o fechamento dos cassinos durante quase duas semanas.
As concessionárias têm acumulado desde 2020 prejuízos sem precedentes e o governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.
Operam no território três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Wynn, e três subconcessionárias, MGM, Venetian e Melco.
Fonte: Notícias ao Minuto