Este ano terminou com os cassinos de Macau registrando uma quebra de 51,4% na receita bruta acumulada, de 4,8 bilhões de euros contra 19 bilhões de euros em 2021.
As concessionárias em Macau têm acumulado desde 2020 prejuízos sem precedentes e o governo tem sido obrigado a recorrer à reserva extraordinária para responder à crise, até porque cerca de 80% das receitas governamentais provêm dos impostos sobre o jogo.
As seis operadoras de jogo, MGM, Galaxy, Venetian, Melco, Wynn e SJM, renovaram, em 16 de dezembro, o contrato de concessão para os próximos dez anos e que entra em vigor a partir de agora.
As autoridades exigiram na licitação investimentos em elementos não jogo e visitantes estrangeiros, na expectativa de diversificar a economia do território.
"Nesta licitação, as seis empresas adjudicatárias comprometeram-se a fazer um investimento nos elementos não jogo de mais de 11,7 bilhões de euros e quanto ao jogo cerca de 1,17 bilhões de euros", disse, em conferência de imprensa, o presidente da comissão de licitação para a atribuição de concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar, André Cheong Weng Chon.
"Depois de 20 anos de desenvolvimento, o jogo, tanto nas suas instalações básicas, como nos seus equipamentos, já tem uma certa dimensão, por isso o governo não espera uma expansão ilimitada do jogo, tem de ser um desenvolvimento estável e, ao mesmo tempo, é preciso dar mais espaço de desenvolvimento dos elementos não jogo", acrescentou.
Além de representar cerca de 80% das receitas do governo e 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau, a indústria do jogo dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.
Macau, que à semelhança da China seguia a política 'zero covid', anunciou este mês o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, após quase três anos das rigorosas restrições, atravessando nesta altura um forte aumento de casos da doença.
Fonte: SAPO