Os empresários capixabas aguardam com ansiedade a tramitação do PL 442/91, parado no Senado há mais de um ano e meio, para que o Estado avalie as propostas e defina o local a ser instalado um cassino no Espírito Santo.
Nerleo Caus, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo (ABIH) diz que cassino é uma atividade moderna, com grande potencial para desenvolver a economia do estado. “Não tem feriado nem em dia santo, funciona 24 horas por dia. Cria empregos, renda, arrecadação e traz turista”.
Caus reforça o posicionamento da ABIH para que a legalização aconteça o quanto antes. “Espero que seja liberado o mais breve possível. Temos tudo para recepcionar esse segmento no estado, sobretudo nas montanhas, que apesar de ter um número menor de habitantes, tem um fluxo grande de visitantes”, conta.
Para o empresário e empreendedor Lucas Izoton, todos os países que têm melhor qualidade de vida têm cassinos. “O cassino atrai muita gente que tem recursos elevados. Não fosse a legislação, que está há décadas no Congresso, nos teríamos dois locais propícios no Espírito Santo: Guarapari e Pedra Azul”, afirma.
Ele destaca que o projeto faz uma série de exigências, tanto para a segurança das pessoas quanto para a proteção do negócio. “É algo que pode ajudar muito o estado, principalmente nos pontos turísticos de maior atratividade”. Para ele, apesar de ser um negócio caro, que requer milhões, vale a pena o investimento.
Odeildo Ribeiro, presidente da Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade do Estado do Espírito Santo, diz que já passou da hora de legalizar os jogos de apostas.
“Estamos há sete décadas discutindo a legalidade ou não dos cassinos e das casas de apostas, um mercado forte e necessário”.
Para ele, o Espírito Santo preenche todos os requisitos, inclusive para atuar com uma fiscalização forte. “É um excelente mercado para quem precisa de emprego porque alcança vários níveis, vários profissionais, gera renda e impulsiona o mercado direta e indiretamente”, afirma.
Até 10 mil empregos
A discussão sobre a legalização ou não dos cassinos é antiga. Em 1946, as casas de apostas foram proibidas e desde então o país perdeu trilhões de reais, empregos e impostos. Apesar do intervalo de 77 anos, uma coisa não mudou: o volume de empregos que os cassinos criam.
Odeildo Ribeiro diz que com a retomada do negócio, o estado pode criar 8 mil empregos diretos e indiretos.
“Nunca deveria ter sido proibido, é um negócio que existe no mundo todo. Quando estava a todo vapor, o Brasil tinha 40 mil pessoas trabalhando na área, isso naquela época, imagine quantos empregos seriam atualmente!”, questiona.
Para Lucas Izoton, empreendedor atuante no mercado, os cassinos geram muitos empregos. “Entre diretos e indiretos, estima-se que possam ser gerados de 5 a 10 mil empregos no estado”, afirma.
Fonte: Tribuna Online