MIÉ 4 DE DICIEMBRE DE 2024 - 23:26hs.
Pauta de costumes

Líderes evangélicos assinam manifesto contra legalização de jogos

Formado por pastores, bispos e apóstolos evangélicos, o Grupo Aliança assinou um manifesto contra a legalização de jogos de azar, que tem votação prevista para esta quarta-feira (4) no Senado. Os religiosos afirmam que a eventual aprovação do PL terá como consequência “o endividamento da população, vícios relacionados aos jogos, golpes através de sites irregulares, lavagem de dinheiro e exploração de vulneráveis”.

Assinam o documento os pastores Silas Malafaia, Samuel Câmara, Abe Uber e Marcos Galdino; os bispos Robson Rodovalho e Abner Ferreira; e os apóstolos Cesar Augusto, Estevam Hernandes e Renê Terra Nova. 

Os líderes evangélicos argumentam que a legalização dos jogos acarretaria “impactos devastadores nas famílias, sobretudo aos mais pobres” e apelam aos senadores para que barrem a proposta. 

Já os parlamentares favoráveis ao projeto sustentam que a criação de dois novos impostos turbinaria a arrecadação de municípios, estados e União.

Manifesto

O GRUPO ALIANÇA, em nome do povo evangélico, contrários à PL dos Bingos, cassinos e jogo do bicho, buscando a rejeição desse Projeto de Lei, vem, por meio desta, carta de repúdio, expor o quanto segue:

Considerando: I- Que o Senado incluiu na pauta do plenário da próxima quarta-feira (dia 04) a votação do PL dos Cassinos, projeto de lei que objetiva legalizar um extenso rol de jogos de azar, além dos cassinos, bingos e jogo do bicho;

I- A preocupação com os efeitos colaterais, tais como: endividamento da população, vícios relacionados aos jogos, golpes através de sites irregulares, lavagem de dinheiro e exploração de vulneráveis; III- O retrocesso na gestão e cuidado com a população, gerando problemas sociais e econômicos que não podem ser ignorados;

IV- Os impactos devastadores nas famílias, sobretudo aos mais pobres; V- Que o vício não é apenas um problema individual, mas social e de políticas públicas, afetando a saúde mental, financeira e até mesmo a segurança familiar;

VI- O Brasil enfrenta diversos desafios relacionados à corrupção e à falta de fiscalização em diversos setores, a legalização dos bingos e jogos de azar abriria ainda mais portas para atividades ilícitas, tornando extremamente difícil garantir a transparência e a integridade sobre esse setor; VII- Que precisamos priorizar políticas públicas que promovam o bem-estar social e combatam veementemente a vulnerabilidade, e não medidas que agravam problemas já existentes.

Pelo exposto é que o GRUPO ALIANÇA, representantes dos evangélicos, entende que deva ser rejeitado o pretenso Projeto de Lei dos Bingos, cassinos e jogo do bicho, visando a proteção aos cidadãos dos efeitos nocivos dessa proposta, cuja solução responsável se faz necessária para não comprometer o futuro de inúmeras pessoas e seus familiares.


Fonte: Metrópoles