SÁB 6 DE JULIO DE 2024 - 02:47hs.
Mais uma vez a CCJ adiou a votação

Senador Irajá: A legalização dos jogos no Brasil não avança por questões religiosas

O senador Irajá, relator no Senado do Projeto de Lei 2.234/2022, que trata da legalização de jogos de azar no país, afirmou que a proposta está “longe de ser unanimidade” no Senado. Em entrevista ao Poder360, ele assegurou que a questão religiosa é um entrave ao PL e que a matéria deveria ser tratada como uma questão econômica.

Senador Irajá: A legalização dos jogos no Brasil não avança por questões religiosas

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

O teor da proposta, que permite o funcionamento de bingos e cassinos em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, encontra resistência ideológica de integrantes do Senado. O impasse motivou o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a adiar o debate sobre o PL para a próxima semana.

Não há como debater com colegas que tem opinião formada por convicções religiosas. Mas o tema trata de uma questão técnica, econômica”, afirmou o senador Irajá (PSD-TO).

Durante a sessão na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Eduardo Girão criticou a proposta e afirmou se tratar de “socialização do prejuízo dos menos favorecidos em detrimento do lucro da banca” e disse que o texto “estimula a criminalidade e vício em jogo”.

O relator rebateu às críticas. Disse que a proibição dos jogos de aposta prejudica o turismo, cria evasão de divisas e faz com que a Receita Federal deixe de arrecadar cerca de R$ 40 bilhões por ano.

Será que países como EUA e Cingapura estão errados, e só o Brasil está certo?”, disse o congressista.

Jogo do bicho

Em relação ao jogo do bicho, atividade controlada por grupos criminosos no Rio de Janeiro, Irajá declarou que “não se pode ignorar o que está debaixo dos nossos narizes”.

Segundo o senador, é necessário estabelecer limites, entre fingir que a prática não é realizada e definir critérios para regularizá-la.

No Rio, o jogo do bicho tem mais de 200 anos. Se ficar na informalidade, qual será o ganho que sociedade terá? Vamos continuar aceitando passivamente?”, perguntou.

Fonte: Poder360