A discussão sobre a regularização dos jogos de azar ganhou novo fôlego após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovar o relatório do projeto de lei que legaliza diversas modalidades de jogos de azar, incluindo cassinos, bingos e o jogo do bicho. A proposta, que já passou pela Câmara dos Deputados, está paralisada no Senado Federal desde 2022.
Realidade nacional dos jogos de azar
Mendes criticou a hipocrisia em torno da questão, enfatizando que o jogo do bicho acontece de norte a sul e de leste a oeste do Brasil há décadas, sob o olhar passivo de sucessivos governos.
“Jogo do bicho está acontecendo de Norte a Sul, de Leste a Oeste há décadas nesse país, na cara e barba de todos os governos que passaram por aí. O melhor, então, é legalizar esse negócio”, afirmou o governador.
Embora não conheça detalhadamente o projeto de lei em tramitação no Congresso, Mendes declarou que irá analisar o texto antes de emitir uma opinião definitiva. No entanto, ele ressaltou que a prática já ocorre amplamente no país e que a legalização seria a melhor solução.
Cassinos e turismo
O governador também mencionou que muitos brasileiros viajam para países vizinhos onde os cassinos são permitidos, como Argentina e Uruguai, para participar dessas atividades. “Ou saem do país para ir jogar em cassinos da Argentina, Uruguai… É uma boa hipocrisia o que vivemos nesse país”, criticou Mendes.
Durante a tramitação do texto na Câmara, políticos de Mato Grosso favoráveis ao projeto defenderam que a regulamentação dos jogos de azar poderia impulsionar significativamente a economia, especialmente no setor de turismo.
A proposta prevê três cassinos em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, Amazonas e Pará e um em cada estado da federação. Seria permitida a instalação em polos turísticos ou em complexos integrados de lazer, como hotéis de alto padrão com pelo menos 100 quartos, além de restaurantes, bares e locais para eventos culturais.
Fonte: JBNews