Senadores ouvidos pelo site IstoÉ afirmaram que as prioridades no momento serão os projetos que tratam das dívidas dos estados e a desoneração da folha de pagamento. Após as votações, a Casa deve entrar em recesso até o dia 1º de agosto.
O relator do projeto, senador Irajá (PSD-TO), afirmou estar confiante na aprovação do texto no plenário do Senado e minimizou as resistências. Na avaliação do parlamentar, a medida vai movimentar o emprego e deve alavancar o turismo no Brasil.
“Essa matéria fará bem ao país. Serão investimentos da ordem de R$ 100 bilhões e novos projetos em um prazo médio de cinco anos, além da geração de mais de 1 milhão de novos empregos diretos e indiretos. Os países que já aprovaram a medida mostraram que o turismo cresceu muito. Enquanto isso, o Brasil fica assistindo aos outros países e fica de fora do circuito do turismo mundial”, afirmou.
“Estou muito confiante na aprovação no plenário. Temos o convencimento majoritário das senadoras e senadores para aprovar a matéria. O texto está parado há um ano e meio e tivemos a oportunidade de fazer um amplo debate, já exaurindo essa discussão. A matéria está pronta para poder ser apreciada, com todo respeito aos colegas que possuem alguma oposição divergente, mas aí já é uma questão ideológica, uma questão religiosa”, concluiu.
De fato, os cassinos devem injetar bilhões de reais na economia brasileira. Segundo a Federação de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp), são esperados a movimentação aproximada de R$ 30 bilhões apenas no estado de São Paulo.
“Arrecadamos cerca de R$ 15 bi em diárias e R$ 5 bi em alimentos e bebidas hoje. Acredito que podemos acrescentar em torno de 20 a 30% desses valores em diárias e até 50% em alimentação. Sem contar as receitas marginais, com máquinas e jogos. Com isso, posso chegar a duplicar o valor com um novo fluxo e chegar a R$ 30 bilhões por ano”, afirma Bruno Omori, diretor da Fhoresp.
Irajá rebate as afirmações sobre riscos de vício e diz que o texto já prevê medidas para evitar a ludopatia. Segundo o senador, o projeto proíbe o uso de cartões de crédito, cria um cadastro nacional de jogadores e proíbe empréstimos e financiamentos aos ludopatas.
“A proposta não autoriza o uso de cartão de crédito, apenas Pix ou débito, além da proibição a financiamento e empréstimos bancários. Ainda está prevista a criação de um cadastro nacional dos jogadores. É como se fosse um Serasa, mas para identificar aquele jogador que pode ser compulsivo”, afirma.
Fonte: IstoÉ