A proposta de atuação une o know-how internacional do mercado de esportes eletrônicos da FTW com o alcance global e a expertise da DDB. “Posso dizer em uma perspectiva global que gaming é a maior mudança cultural com o maior potencial em termos de um novo mercado e conta com um público muito engajado. Quando anunciamos a FTW alguns meses, recebemos uma avalanche de clientes e de agências interessadas, e o Brasil foi um dos destaques com um potencial enorme para os próximos anos. Então, junto com a força e a criatividade da SunsetDDB e o background do Pipo em eSports e gaming, nossa motivação para vir para o Brasil não poderia estar mais evidente”, explica Gavin Cheng, Diretor Gerente da DDB FWT Worldwide.
A rede expande sua atuação em um momento de crescimento do mercado. Em 2020, a América Latina movimentou cerca de US$ 6 bilhões no segmento e dados de 2018 apontam o Brasil com uma receita de US$ 1,5 bilhão, com 75,7 milhões de jogadores. Para o CEO da unidade brasileira, o maior desafio no país será descobrir formas de introduzir as marcas nessa comunidade dos games de maneiras autênticas e criando projetos que são pensados para o longo prazo.
Ainda segundo Pipo, sempre que se fala nessa fusão existe uma tensão porque para o mercado ou você é parte daquela comunidade e traz valor para as experiências ou eles sentirão que você está apenas explorando as plataformas e assim as marcas não conseguirão entrar.
“É uma mudança de cultura, precisamos fazer parte dela, e para isso existem duas coisas importantes: entender como podemos unir os talentos brasileiros com os stakeholders para criar algo de valor para a comunidade e para as marcas, e como podemos usar o poder da FTW como rede global nessa transformação”, diz Calazans.
Apesar da ascensão do mercado e aceleração causada pela pandemia no entendimento dessas novas oportunidades de negócios, Cheng explica que outra dificuldade que os profissionais encontram na área é que o gaming representa diferentes coisas, para diferentes pessoas. Assim, o setor tem três dimensões: uma indústria, com os desenvolvedores em um ecossistema e todos os jogadores, uma cultura que espalha códigos, modas, linguagens e comportamentos, e um canal que se apresenta no jogo, ao redor do jogo e sobre o jogo.
O que a DDB FTW quer fazer é trabalhar com um entendimento completo das marcas e de gaming, tendo propriedade sobre as duas culturas e os relacionamentos destas indústrias. Segundo Cheng, ao unir esses dois potenciais, eles oferecem para as marcas um canal e um caminho nesta nova fronteira, com a rede sendo um desbravador de caminhos que quer ajudar seus clientes e guiá-los para criar projetos engajadores e mutuamente relevantes para marcas e games.
Calazans comenta que para entender o conceito da agência de gaming, é necessário deixar um pouco de lado as experiências já vividas pelo mercado tradicional da publicidade, porque quando pensamos nele, já temos algo muito bem estabelecido, enquanto este universo apresenta diversas possibilidades na forma de trabalhar.
“Estou muito animado não apenas porque estou trabalhando com algo que amo, mas porque isso está mudando a perspectiva que tenho como profissional, de como posso trabalhar de maneira líquida para que faça mais sentido para todo mundo”, conta o CEO.
Fonte: Meio&Mensagem