MAR 26 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 21:28hs.
Empresário Antônio Mandarrari

CEO da Lance 365 avalia declaração da ministra Ana Moser sobre eSports

Ministra do Esporte, Ana Moser disse esta semana não considerar o segmento uma modalidade esportiva. De acordo com o empresário e trader esportivo Antônio Mandarrari, CEO da plataforma de apostas esportivas Lance 365, para o segmento uma possível alteração de alocação do setor econômico da atividade não resultará em alteração no mercado de apostas.

Moser declarou que não haverá investimento de seu ministério no segmento de eSports. O posicionamento da ministra motivou uma discussão nas redes sociais, pois o setor movimenta aproximadamente US$ 196 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão na cotação atual), segundo dados recentes levantados pela empresa de análises e pesquisa Newzoo.

A ex-jogadora de vôlei afirmou que não considera os eSports como uma modalidade esportiva, mas que eles fazem parte da indústria do entretenimento, assim como a música. A ministra, inclusive, comparou os treinos de atletas dos esportes eletrônicos com as preparações de um artista para show, e usou a cantora Ivete Sangalo como exemplo, segundo publicado pelo site de notícias Uol.

De acordo com o empresário e trader esportivo Antônio Mandarrari, CEO da plataforma de apostas esportivas Lance 365, para o segmento uma possível alteração de alocação do setor econômico da atividade não resultará em alteração no mercado de apostas.

O eSports foi um dos campos de maior movimentação de público e financeira registrada na área digital no ano passado. É necessário e muito importante a consideração pelos gamers, como são chamados os atletas deste mercado. Assim como os jogadores de futebol, vôlei, basquete entre outros esportes, os gamers também necessitam de treinamento, dedicação diária, premiações, entre outras demandas de importância nessa área de atuação”, considerou o empresário.

A declaração da ministra reforça a Lei Geral do Esporte, que está em tramitação no Senado e pontua que esporte é "toda forma de atividade predominantemente física que, de modo informal ou organizado, tenha por objetivo atividades recreativas, a promoção da saúde, o alto rendimento esportivo ou o entretenimento".

Considero que o setor de apostas terá que fazer uma revisão e novas análises para uma possível alteração. O entretenimento teve muita evolução no segmento de eSports e, talvez, o impacto possa ser ainda maior tendo ligação com a área cultural. Poderá acarretar uma mudança dentro dessa impactante indústria”, finalizou.

O projeto da nova Lei Geral do Esporte (PL 1.153/2019), do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), foi aprovado em junho de 2022, no Senado, com relatoria de Leila Barros (PDT-DF), e em julho pela Câmara. O texto passou por alterações e, por isso, precisará de uma nova análise pelos senadores.

Devido às definições atuais, o esporte eletrônico não se enquadraria nessa lei. Logo, os atletas de eSports não serão contemplados com programas como o Bolsa Atleta, Lei de Incentivo ao Esporte, e recursos públicos da área esportiva de forma geral.

Fonte: O Dia