Games Magazine Brasil – Qual é a expectativa da Paag agora que já temos a publicação da portaria para que as bets apresentem seus pedidos de licença ao Ministério da Fazenda?
João Fraga – Estamos em um momento muito bom e importante para o setor. Esperávamos há muito tempo e as nossas operações, graças a Deus, estão bem cuidadas. Na Paag damos todo o amparo para os operadores, especialmente com os novos produtos que lançamos, principalmente da parte de regulatória, com nossa avançada solução de KYC. Estamos conseguindo atender muito bem nossos parceiros e facilitando o acesso para eles quanto à coleta e o envio de informações para o Ministério da Fazenda, de modo a que comecem as operações.
É um momento extremamente aguçado no cenário brasileiro, especialmente para algumas empresas de fora do país com quem temos parceria e que estavam só aguardando a regulamentação. Elas já estão prontas para iniciar seus projetos no Brasil. Então, eu não poderia estar mais feliz com esse projeto avançando e a regulamentação cada vez mais próxima no cenário brasileiro.
Já havia saído uma portaria específica para métodos de pagamento e na de autorização também há referência a isso. A Paag está preparada?
Neste momento, o governo quer proteger principalmente os jogadores e as operações que estão vindo. Acho que cada vez mais, quanto ao controle das transações, haverá segurança e qualidade no serviço prestado aos jogadores brasileiros. A Paag fica muito feliz com essas exigências, pois estamos cada vez mais próximos regulamentação e prontos para atender às portarias.
Entramos recentemente para a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) e entendemos cada vez mais isso a importância da regulação e que ela não é ruim para o mercado, como muitas pessoas achavam. É fundamental separar quem está fazendo um trabalho sério, olhando com seriedade para o mercado e para as operações. Isso nos diferencia de quem está só fazendo um trabalho aventureiro e aproveitando o momento sem ter a estrutura e a segurança da Paag para oferecer soluções de ponta para os operadores que estão no Brasil e para os que estão chegando.
Quanto às transações financeiras em si, virão mais alterações dentro de todo o escopo de uma regulamentação completa do mercado de apostas esportivas e jogos?
Eu acho que hoje a gente já tem uma definição bem clara do que que é esperado principalmente da parte das transações financeiras, mas além disso principalmente quanto ao tema bancário, como a organização das contas, separando o bolsão dos jogadores com o dinheiro, está perfeito. Mas todo o cuidado é pouco e não aceitar cartão de crédito foi uma decisão acertada do Ministério da Fazenda e da Secretaria de Prêmios e Apostas para garantir um mercado regulado, muito bom satisfatório e seguro pros jogadores. Não creio que vai sair mais detalhes, mas caso saia a Paag estará preparada. Se vier algo mais, será só para melhorar e deixar o mercado cada vez mais protegido.
Como você avalia e qual é a sua perspectiva em relação à participação dos grandes bancos comerciais no negócio de iGaming?
Acho que é uma boa oportunidade para os bancos comerciais participarem. Só que eles estão começando a se aproximar do setor um pouco atrasados. No caso da Paag, oferecemos não só o produto financeiro, como contas bancárias e transações financeiras. Nós entendemos todo o contexto de como funciona uma operação de aposta esportiva. Temos auxílio contábil para as casas de apostas, principalmente dentro do cenário regulado. Cada vez mais será difícil controlar isso. É muita novidade e nem tudo já está completamente desenhado.
Atuando no segmento, entendemos as necessidades do operador e conseguimos construir soluções personalizadas e cada vez melhores para essas casas de apostas, diferentemente do banco comercial, que oferece uma conta bancária, que é o que eles fazem desde sempre. Eles não mudam por um mercado, mas oferecem o mesmo produto.
O segmento necessita de soluções personalizadas?
Com certeza. Além de ser uma coisa muito nova, o mercado de apostas esportivas é único e diferente de qualquer transação financeira normal. Precisamos ter muita agilidade e disponibilidade e entender tanto a vontade do jogador quanto do operador. Isso são coisas que os bancos tradicionais ainda estão longe de entender e irão oferecer um produto padrão. Nós, que atuamos no segmento, sabemos exatamente o que os operadores precisam.
Além do meio de pagamento, temos a parte de KYC, validação facial, liveness check e todos os requisitos da Lei 14.790. Entre eles, pessoas impedidas de jogar, listas sancionadas e outros dados a serem oferecidos ao cliente dentro da nossa própria plataforma. Com uma só solução, o operador resolve todos os problemas. Não vejo com maus olhos e nem como nossos concorrente diretos os bancos, que já estão bem consolidados no Brasil. Vejo-os como parceiros que podem prover a infraestrutura para nós, que sabemos o que realmente oferecer para as operações e para as bets.
Fonte: Exclusivo GMB