MAR 26 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 11:18hs.
BiS SiGMA Americas – Painel “Pilares do Jogo Responsável”

Discussão sobre o jogo responsável deve ir além do combate a compulsão

Discussão sobre o jogo responsável deve ir além do combate a compulsão O BiS SiGMA Americas abriu espaço para debater um dos assuntos mais observado pelos operadores atualmente: o jogo responsável. Painel formado por André Gelfi (Instituto Brasileiro de Jogo Responsável – IBJR, Ricardo Magri (Empresa Brasileira de Apoio à Compulsividade – EBAC) e Luiz Gustavo Zonca (Consultor de iGaming), mostrou os pilares para um bom desenvolvimento da prática e como ela vai ajudar a melhorar a imagem do setor.

O debate começou com André Gelfi, Diretor e Presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável – IBJR, explicando todos os aspectos que o tema do jogo responsável pode alcançar. “O instituto entende que o jogo responsável ele não está basicamente relacionado com a dinâmica de tratamento da compulsão. Comunicação tem muito a ver com o jogo responsável. A gente tem dentro do instituto o começo de um  trabalho que tem a missão de tratar de forma responsável com as diversas interações dentro da cadeia para que de fato estejamos trabalhando num lugar sustentável."

Em seguida, Ricardo Magri, Diretor da Empresa Brasileira de Apoio à Compulsividade – EBAC, destacou a importância dos programas de jogo responsável para o controle de excessos nas apostas e que os operadores podem se inspirar no que é feito fora sem um regulador observando.

“A gente precisa ter o controle para a inversão do risco. Não é necessário ter o órgão regulador para que se tenha o controle, esse é um contraponto, existe um painel ontem, no outro evento em que eu participei, que foi do mesmo tema, eu vou usar a mesma analogia: o mercado financeiro mesmo interpreta e adota medidas de controle que outros países têm nos seus mercados financeiros regulados mesmo sem ter a mesma imposição para que ele seja controlado do mesmo jeito”, comentou Magri.

“Então você não precisa necessariamente ter o órgão regulador para ter o controle. Regulador é muito importante pra impor isso, monitorar, balizar e reforçar essa condição, mas as empresas que são conscientes deveriam ter isso na cartilha”.

Luiz Gustavo Zonca, Consultor de  iGaming, destacou o papel da imprensa nesse processo e no que os próprios operadores têm contribuído. “Com essa feira, com os problemas, repito, de manipulação, com o crescimento do mercado, a indústria também está ajudando a imprensa a entender o que é esse setor. Então, quando houve o problema três semanas atrás; o que eu dei de entrevista, o que vocês devem ter falado e às vezes a primeira pergunta que chegava era que a casa de aposta era a culpada. Eu explicava que não, a casa de apostas é a vítima. Então também a educação de todo um setor que não está acostumado com o que tá acontecendo aqui ajuda as informações a fluírem melhor”.

Finalizando, Ricardo Magri ressaltou a importância de a indústria levar esse debate sobre jogo responsável para além dos profissionais que atuam no mercado. “Jogo responsável, relacionamento com a sociedade são coisas que tem um olho da opinião pública e é complicado que a gente encontre conforto entre nós. Para lá nós temos que cuidar desse discurso. Nós temos que, na ausência de um regulador, auto regulamentar, mas também educar”.

“O que eu também acho muito interessante, são os programas internos pra os seus próprios colaboradores. Todo mundo é agente dessa prática de jogo responsável. Então, a gente fala muito do comportamento da empresa pra fora, como acolher um problema que vem de fora, mas a parte de cuidado com os seus próprios é um passo exigido até os programas sérios. O assunto é importante porque traz uma luz muito boa da nossa indústria pra fora, onde não é tão confortável quanto entre a gente”, finalizou Magri

Fonte: GMB