Christian Ribeiro, CEO da Sulpayment, destacou que apesar de a atividade de apostas ainda não serem regulamentadas, as empresas de transações financeiras no Brasil têm uma regulamentação que precisa ser seguida com a máxima atenção. “Hoje já não é mais um diferencial ofertar PIX, ele está justamente na parte do regulatório, da regra. O meio de pagamento no Brasil já tem uma regulação do Banco Central que precisa ser seguida”.
Então, quando o meio de pagamento se integra a uma plataforma de jogos, é ideal que seja uma instituição de pagamento regulada pelo Banco Central e auditada. Por quê? A plataforma não tem risco nenhum. Se o meio de pagamento que tem uma reserva não está fazendo algo errado para o regulatório, o recurso é dele. Mas, se estiver fazendo algo errado, o dinheiro da plataforma fica preso. Portanto, o diferencial competitivo não está no PIX, mas, na forma como ele é processado”, completou.
Leonardo Chaves, Country Manager Brazil da OKTO, trouxe o usuário para a discussão, afirmando que um processo que seja fácil de executar pelo cliente final também faz total diferença. “Do ponto de vista do usuário, ele quer saber se aquele processo é intuitivo e fácil. Isso para que ele não perca o mais importante, que é a intenção da compra. Todo lojista, seja em qualquer segmento, está sempre preocupado com a conversão, em colocar o dinheiro do cliente para dentro. E na grande maioria todo o esforço de marketing dele pode se perder no momento da venda, no checkout, se ele não tiver bem estruturado, não tiver uma comunicação clara e, de fato, uma tecnologia que funcione”.
Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun, traçou um panorama do que espera que aconteça com o setor de meios de pagamentos quando a regulamentação das apostas esportivas estiver vigente: “Teoricamente a primeira coisa vai ser todos os métodos de pagamento que estão aí passarem por uma depuração. O Banco Central não vai permitir a operação de empresas com baixo capital social e a regulamentação das apostas esportivas terá um parágrafo determinando que somente instituições autorizadas e reguladas pelo Banco Central vão poder operar no setor de apostas”.
Leo levantou outra questão em relação à operação em si após a regulação. Para ele, “o operador vai trabalhar com as outras verticais. Acredito que as casas vão continuar operando cassino, poker e bingo através das off shores e ter um negócio .com.BR regulado somente com apostas esportivas”, avaliou o CEO da Pay4Fun.
Rafael Brunacci, Business Development Manager da @CoinsPaid, disse que após o PIX, as criptos devem ser o próximo grande meio de pagamento. Além disso, ressaltou que essa é moeda muito segura e que já conta com um grande monitoramento. “Como estamos falando de licença e regulação, vale destacar que hoje é possível controlar, saber o volume, de onde vem e para onde vai. Tudo é monitorado e auditável. O próprio blockchain é feito para isso. Entretanto, ela vem para fazer parte e não para substituir métodos de pagamentos existentes”, concluiu.
Fonte: GMB