MAR 26 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 11:21hs.
Rodrigo Alves, Head of Content - Eightroom / Presidente - ABAESP

“ABAESP vai ser propositiva na CPI das apostas esportivas para aportar toda nossa experiência”

Rodrigo Alves, head of content da Eightroom e presidente da associação que reúne apostadores esportivos, recebeu o GMB para uma entrevista exclusiva. Além de falar dos lançamentos da empresa, especialmente a divisão de pagamentos Vpag, que apresentou os produtos wallet e flash, o executivo destacou que quer ser propositivo quando for ouvido na CPI de manipulação de resultados “pois conhecemos o setor e queremos trabalhar por uma indústria saudável”.

Games Magazine Brasil – Como você vê o BiS SiGMA Americas 2023?
Rodrigo Alves –
A feira está impressionante neste ano, especialmente por termos participado das duas edições anteriores. O crescimento tornou esta feira de fato internacional. Participamos com dois estandes, o da Eightromm e o da Vpag, acolhendo muitos interessados em nossos produtos. Está sendo muito interessante e nos dá alegria de participar mais uma vez desta feira, que é uma referência na América Latina.

A Eightroom é um dos mais importantes players na área de afiliação no iGaming. Com uma feira desse porte, isso abrirá muitas oportunidades para a Eightroom. Como você avalia isso?
Sem dúvida. Muitos clientes nacionais com operações mais recentes, mas também vários players internacionais. Muitos deles conhecem a atividade da Eightroom, tanto na área de afiliação quanto na de pagamentos.

Temos a oportunidade de mostrar nosso trabalho e os novos produtos, em especial a Vpag, que além de ser uma plataforma de pagamentos, está lançando a Vpag wallet, uma solução focada em compliance e nos requerimentos legais para que possamos, dentro de uma perspectiva de regulamentação, oferecer um produto destinado ao consumidor final e à experiência do usuário. Com isso, os players têm se interessado muito na Vpag wallet e na Vpag flash. Além de nosso produto de marketing de afiliados, que já é tradicional.

Você fala em usuário final. Como presidente da Associação Brasileira de Apostas Esportivas e à frente de uma atividade que vive o dia a dia do apostador. Como ele – e vocês enquanto associação – estão vendo este momento de discussão de manipulação de resultados e a necessidade de regulamentação?
A própria grandiosidade do BiS mostra que é uma indústria já existente no Brasil. Estou há 15 anos no setor e vejo o apostador como um dos principais interessados em uma boa regulamentação. O governo tem de arrecadar e os operadores devem ter condições favoráveis, mas o consumidor final, o apostador, não é observado da maneira como deveria.

A ABAESP surgiu em 2019, pós Lei 13.756 que legalizou a atividade, para ter representatividade e contribuir com o ambiente regulatório. Há uma minuta de MP que no nosso ponto de vista não é benéfica nem para o governo nem para o apostador. Fala-se em um projeto de lei vindo desta CPI, que tem o intuito de ser propositiva. Seguimos nesse compasso de aguardo e é evidente que a regulamentação é necessária.

A indústria tem de ser regulada, mas de maneira correta, pois não adianta onerar excessivamente o operador achando que dessa forma arrecadatória teremos uma indústria saudável porque não é assim que funciona. Além disso, o apostador não pode ser o grande pagador desta conta porque não teremos uma taxa de canalização esperada e o mercado existente não migrará para o regulamentado, continuando offshore e ninguém vai colher frutos positivos.

O que você pretende dizer na CPI das apostas esportivas, ou de manipulação de resultados já que está na lista de convidados para prestar contribuições ao colegiado?
Talvez a ABAESP seja um dos poucos que se sintam como uma oportunidade positiva justamente por nossa experiência prática de usuários e conhecedores da indústria. Vamos ser propositivos, na mesma linha do que fizemos para o Ministério da Fazenda, para quem entregamos uma cartilha de boas práticas.

A ideia é levar um pouco disso para que nos escutem e de fato coloquem em prática tudo aquilo que o mercado entende como necessário. Será assim e uma oportunidade para que os parlamentares nos ouçam e que possamos ser um consultor permanente de todos aqueles que querem ver o setor funcionando bem no Brasil.

Fonte: Exclusivo GMB