Games Magazine Brasil – Você foi um pioneiro ao trazer as apostas esportivas. Gostaria que você fizesse um paralelo entre aquele momento e hoje, diante de uma feira global como o BiS SiGMA Americas.
Fabio Tibéria – Começamos há 11 anos com um pequeno site, pois a tecnologia em 2012 não era tão avançada como hoje. Naquela época, existiam 10 a 15 sites em todo o Brasil e hoje nascem de 10 a 15 sites por dia no país. Essa diferença envolveu não só a tecnologia do software, mas também quanto aos sistemas de pagamento. Quando a atividade nasceu, era preciso esperar três dias para o dinheiro entrar na conta. Hoje, isso demora instantes, tanto pelo pix quanto as criptomoedas, que estão entrando de maneira preponderante no mercado brasileiro.
É verdade. As criptos se aproximaram de uma forma exuberante no setor de apostas esportivas. Já está no seu momento top ou ainda virão avanços?
Não. A cripto ainda é um bebê. Só que o desenvolvimento não é só das criptos, envolve ainda a tecnologia blockchain com o bitcoin, assim como os smart contracts, que não envolvem apenas o método de pagamento. É muito seguro e descentralizado, sem nenhum tipo de fraude. O blockchain possui um ledger que registra toda a movimentação. Os jogos também estão mudando e passando para a fase “play to earn”. Antes, os jogos antigos tinham o conceito de “jogar para perder”. Agora, há remuneração distinta e rewards. Além disso, estão surgindo softwares com tecnologia em blockchain e isso está em completa expansão.
Ou seja, ainda há muito para crescer e garantir mais segurança tanto para o operador quanto para o usuário final?
Absurdamente sim. Em breve, toda a parte de KYC será colocado em blockchain. A questão da identificação do jogador é algo complexo. Com a nova regulação do general data protection, sabemos que uma empresa pode ter de pagar até US$ 20 milhões se tiver alguma infração ou falha na segurança dos dados do jogador. O blockchain ajuda a preservar essa segurança. Ou seja, uma empresa poderá utilizar um sistema em blockchain. Ainda é um sistema em desenvolvimento, mas irá revolucionar todo o nosso mundo, não só no sistema de pagamentos. E já está chegando com força também a web3, que estará tudo centralizado e baseado em blockchain.
Os avanços tecnológicos já estão à disposição de todos e especialmente do setor de apostas esportivas?
Sim. O processamento de bilhões de dados pode gerar falhas. Já no blockchain, é como se escrever em uma pedra, pois não há como cancelar. É muito seguro e não permite ações retroativas. O blockchain está quebrando o mercado bancário pelo avanço dessa tecnologia. As criptos trabalham com uma economia real e não uma fantasiosa. O que a economia tradicional gira, somente promete negócios ou lucro. O blockchain e o bitcoin são dinheiro real.
A tecnologia está mudando não só o mercado de apostas esportivas, mas tudo está migrando para o mundo 3.0!
E só para lembrar. Em 2018 fiz uma palestra sobre criptos e bitcoin, fazendo uma previsão de que cresceria 10 vezes. De lá para cá, cresceu mais de 23 vezes. Hoje caiu, por ser influenciado por alguns eventos, entre eles a guerra. Mas o bitcoin terá um crescimento exponencial e em três ou quatro anos chegará pelo menos a US$ 150 mil.
Fonte: Exclusivo GMB