Em conversa privada com Eman Pulis, José Francisco Mannsur discutiu o futuro do setor de iGaming no Brasil e a necessidade urgente de regulamentação na jurisdição. Manssur e Pulis também falaram sobre o potencial do setor de jogos de azar brasileiro e os desafios que o governo e os reguladores estão enfrentando. Pulis descreveu a natureza da reunião como muito “perspicaz e instigante”.
“Ao embarcarmos em nossa expansão para o Brasil, acredito firmemente em ter uma visão grandiosa enquanto damos passos medidos à frente. Buscar mentoria e orientação, trocar experiências com um pensador tão influente como Francisco Manssur foi um dos destaques do SiGMA Summit. Francisco tem sido fundamental na formação da indústria na jurisdição brasileira. A regulamentação do setor de iGaming no Brasil terá impacto não apenas na região da América Latina, mas em escala global”, disse Eman Pulis ao SiGMA News.
“O setor de iGaming está pronto para o Brasil. O SiGMA Group tem explorado este território nos últimos dez anos e estou muito emocionado ao ver que o governo confirmou a criação de uma Secretaria de Jogos e Loterias para regulamentar também as apostas esportivas. Estou convencido de que o mercado de jogos no Brasil está prestes a explodir. O aprendizado contínuo, a evolução de nossa mentalidade e a adoção de novas abordagens são essenciais”, acrescentou Pulis.
Potencial do Brasil é enorme
Segundo o executivo, o sucesso do SiGMA Americas em colaboração com o BiS foi impressionante: "o Brasil passou anos tentando regular as apostas esportivas, mas a maré está mudando para o setor de jogos e o potencial na região é enorme. Estou absolutamente encantado com Brasil e empolgado com a perspectiva do que ainda está por vir. Sentir-se tão em casa em um país tão distante de Malta, minha terra natal, é uma prova das semelhanças de nossa herança, cultura e modo de vida."
"No Brasil, descobri esse raro sentimento de pertencimento, um lar longe de casa. Estou ansioso para ser fundamental para consolidar a expansão do setor de jogos na região com a influência e conhecimento do SiGMA como autoridade mundial em jogos de azar", disse o fundador e CEO do Grupo SiGMA.
“O grande tamanho e a população do país lhe conferem uma influência significativa nos assuntos regionais e participa ativamente de iniciativas que promovem a integração sul-americana. A estabilidade política, juntamente com os investimentos contínuos em infraestrutura, apoia o crescimento econômico e a conectividade. A rica herança cultural e a diversidade do Brasil contribuem para sua influência social e cultural. Mesmo enfrentando desafios, o progresso do Brasil posiciona o país como um player de destaque na América do Sul.”
Pulis acrescentou que a atividade de fusões e aquisições no setor de jogos deve continuar a crescer e as empresas locais devem continuar a fazer parcerias com fortes participantes na arena global para oferecer produtos superiores aos clientes.
Secretaria Nacional de Jogos e Loterias
Em um desenvolvimento significativo e ansiosamente esperado, a Comissão Parlamentar que investiga a viciação de resultados no Brasil organizou um encontro para funcionários do governo para discutir a regulamentação e a estrutura de tributação das apostas esportivas. Assessor do ministro da Fazenda, Francisco Manssur, confirmou que um projeto de lei será apresentado nos próximos dias, acompanhado da criação da Secretaria Nacional de Jogos e Loterias.
Manssur destacou as enormes perdas econômicas decorrentes da ausência de regulamentação. Com perdas diárias de receita estimadas em cerca de US$ 2,1 milhões e um volume acumulado de até US$ 1,7 bilhão nos últimos quatro anos, a necessidade de regulamentação no setor torna-se cada vez mais vital.
“Hoje, deixamos de arrecadar US$ 2,1 milhões por dia por falta de regulamentação e, nos últimos quatro anos, esse volume ficou entre US$ 1,25 e 1,7 bilhão”, disse José Francisco Mannsur.
Durante audiência pública realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), representantes do governo também discutiram a necessidade de regulamentação e tributação das apostas esportivas no Brasil. Foi levantada a preocupação de que o país tenha deixado de arrecadar cerca de R$ 6 a R$ 8 bilhões (US$ 1,25 a US$ 1,7 bilhão) nos últimos quatro anos devido à falta de regulamentação.
José Francisco Manssur confirmou que uma Medida Provisória e um Projeto de Lei serão apresentados em breve. Ele enfatizou a urgência da regulamentação. O foco inicial será nas apostas de probabilidades fixas, com planos de abordar a legislação para outras formas de jogo no futuro.
Fonte: SiGMA News
