Games Magazine Brasil – Que avaliação você faz do BiS SiGMA Americas, em que vocês estiveram presentes com um lindo estande?
Ramiro Atucha – Estou muito feliz com a feira. Falamos com muitos amigos, clientes e fornecedores. É impressionante o crescimento do evento e tomara que seja uma mensagem positiva para o governo e reguladores para que regulamentem o setor e que tenham confiança das possibilidades de geração de empregos e negócios. Sem contar a importância de um setor de entretenimento que merece toda a atenção.
E por falar em negócios, como vão para a Vibra Gaming e Vibra Solutions, especialmente com esses contatos tão importantes que você citou?
Eles vão muito bem, por sorte. Como já falamos anteriormente, fizemos a separação da Vibra Gaming e da Vibra Solutions. A primeira, como estúdio de focada no desenvolvimento de jogos para os mercados da América Latina e do Brasil, enquanto a Vibra Solutions, dedicada aos negócios de plataforma. Neste segmento em particular, temos visto muitos casos de operadores da América Latina e do Brasil que contratam plataformas white label ou turnkey de grandes provedores europeus. São plataformas muito boas, mas não estão pensadas para LatAm.
Em nosso modelo de negócios, tenta dar para cada um dos operadores uma plataforma ajustada às suas necessidades e ao mercado local. Entendemos que o operador deve ter a possibilidade de ser dono de seu destino. Por isso, sempre damos a possibilidade de licenciamento de código-fonte e, assim, todos os operadores podem ter a certeza de que terá continuidade. Isso faz com que qualquer mudança na plataforma, não acontecerá no contexto de suas operações e na confiança que eles depositam em nossa empresa.
É uma solução exitosa e uma mudança de conceito por parte da Vibra Solutions?
É um conceito bem inovador, pois algumas empresas oferecem um serviço de white label mas não entregam o código-fonte, enquanto outras dão o código mas não fazem ajustes. Nós ajustamos e colocamos tudo ao vivo com o que eles necessitam e podem efetuar a compra do código e ainda assim damos todo o suporte, no futuro, se precisarem de nosso apoio.
Vocês já estão sendo procurados por operadores que querem entrar no Brasil desta forma?
Muitos que querem entrar no Brasil e outros que já estão no país com plataformas europeias que precisam de algo mais localizado ou que estrategicamente não se sentem cômodos em não ter em suas mãos e sim fora de controle.
Voltando à Vibra Gaming, estão apresentando novos jogos?
Sim. Estamos trabalhando nossa própria linha de crash games, que têm despertado muito a atenção, e alguns jogos de mesa, que também atraem o interesse dos operadores. E sempre com a possibilidade de implementar suas identidades nas roletas, blackjack etc. Sem contar que estamos fazendo o mesmo na linha de crash games.
Aliás, os crash games vêm despertando muita atenção, especialmente para as gerações millenial e X?
É um sucesso e é bem interessante, pois estamos em um momento de tanto conteúdo e quantidade, que muitos optam por fazer réplicas de jogos. E de repente surge algo novo, como os crash games, que tornam claro a importância de se criar e investir em novos conceitos e ideias.
O que você espera do mercado brasileiro?
Já não sei o que esperar. Há 15 ou 20 anos está para ser regulamentado. Eu sempre falo o mesmo: Tem de regular, pois as pessoas não estão esperando a regulação para jogar. Elas jogam em sites offshore e nos ilegais. Tem de ser regulado para que os jogadores tenham controle de qualidade, certificação e recolhimento de impostos. Acho que é o melhor para todos e que a regulação não deve ver o jogo como algo ruim. Ele é entretenimento e todos temos de trabalhar para aqueles que têm problemas sejam ajudados e temos de pagar impostos.
Já temos a lei das apostas esportivas, que aguardam regulamentação, mas em todos os mercados os jogos de cassino representam até 80% da renda, então se habilitar só apostas esportivas, aquele que investe na licença tem uma desvantagem contra aqueles não regulamentados. O jogador vai sair de um site que não oferece essa vertical para procurar em outro. Isso temos de evitar.
Fonte: Exclusivo GMB