LUN 25 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 13:52hs.
Marcos Vinícius, CEO

“SA Esportes e BETesporte estão prontas quanto à migração do mercado de rua para a regulamentação”

A SA Esportes e sua operadora BETesporte participaram de forma surpreendente e pela primeira vez do BiS SiGMA Americas. Em conversa exclusiva com o GMB, o CEO Marcos Vinícius afirma que o grupo está mais do que preparado para a regulamentação das apostas esportivas e jogos online e está encaminhando bem as licenças. “Já submetemos nossa plataforma ao órgão do governo que analisará a integração com o sistema central e em breve apresentaremos o pedido de autorização para a operação”.

 

Games Magazine Brasil - Pela primeira vez vocês estão participando do BiS SiGMA Americas. Quais são os objetivos de vocês em uma feira que hoje se tornou global?
Marcos Vinícius -
Nosso objetivo é demonstrar o trabalho que temos desenvolvido ao longo desses sete anos. Somos uma empresa muito conhecida no cenário nacional de aposta de varejo e tudo mais. Vários clientes vieram nos visitar para conhecer nossa solução de plataforma online que desenvolvemos exclusivamente para o mercado de aposta brasileiro.

Foi uma solução totalmente redesenhada do zero para trabalhar com tudo de mais moderno e o que vai ser exigido no Brasil para a regulamentação. Esse foi o principal objetivo, além de a SA Esportes, também operamos o site BETEsporte.com, que é uma marca muito forte e bastante conhecida em todo o Brasil. Marcamos presença no evento, fazer contato com alguns clientes que já são parceiros de longa data, fechar novos negócios e apresentar nossa nova plataforma para o Brasil e para o mundo todo.

 


Como é trazer esse mundo da rua para o jogo online regulamentado no Brasil? Como fazer essa migração e convencer os pequenos operadores de rua a estarem dentro desse processo?
O mercado de apostas brasileiro é um muito longevo. Começou com o jogo do bicho e principalmente no Nordeste a questão cultural de apostas em lugares físicos, como bares e restaurantes é uma questão muito forte. Está enraizado na forma como o apostador está acostumado a apostar. Com a regulamentação no Brasil, inevitável, agora as pessoas começam a se questionar o que vai acontecer, como vai ser essa migração e tudo mai. Acho que a grande virada de chave nesse mercado foi a adesão do PIX às apostas esportivas. É muito mais fácil a pessoa estar em casa com seu celular e fazer sua aposta, receber seu dinheiro e tudo o mais.

Nada impede ele estar no barzinho apostando com seus amigos, mas agora tudo está caminhando pro mercado online. Temos orientado todos os clientes que são donos de banca de rua a abrirem o olho para essa para essa mudança, que é um caminho sem volta. Estamos fazendo o máximo possível para ajudá-los nesse caminho.

Como estamos ajudando o pessoal? Temos uma equipe especializada em consultoria nessa migração, quais são os passos necessários, como trabalhar com os parceiros que recebiam comissões e como trazê-los para se tornarem afiliados do site. Enxergamos com bons olhos tudo isso.

 


Eles estão captando esta mensagem e dizendo “vou para esse mercado regulado”?
No início, existia um pouco de resistência. Mas uma vez que o pessoal olha um pouco com um olhar um pouco diferente para a situação, entendem que é uma forma até melhor e mais escalável de poder se trabalhar. Eles não ficarão limitados a uma região específica de abrangência que eles tinham que estar presente na região. Acredito que será muito bom.

Além disso, vocês têm uma forte penetração em outros segmentos, como a vaquejada e apoiam quatro clubes de futebol sendo dois deles os principais de Goiás. Como tem sido isso e quais os benefícios para a BETEsporte?
É um trabalho de longa data, com quase seis anos. Chegamos um pouco atrasados nesse mercado e quando chegamos, já existiam grandes players no Brasil. Assim, optamos por ter estratégias de trabalho diferentes. Hoje, somos muito fortes na vaquejada, em que somos proprietários da Federação de Vaquejada X1, além de apoiarmos projetos no motocross.

Também patrocinamos os dois maiores times de futebol de Goiás, o Vila Nova e o Goiás. Isso nos traz um bom retorno e engaja os sócios.  Não só patrocinamos os times, colocando o nome na camisa. Estamos presentes em ações comunitárias com os clubes e uma série de ações com eles.

Voltando a falar um pouco sobre a vaquejada, é um nicho muito forte, que não era muito explorado pelo pessoal de apostas esportivas. Vimos na modalidade um grande potencial e chegamos a ter lives de vaquejada com mais de 300 ou 400 mil pessoas simultaneamente. Isso vem trazendo um retorno muito bom. Eles gostam da forma como temos trabalhado esse patrocínio, que envolve apoio aos atletas e tratamento aos animais.

 


Quais são os planos futuros para esse mercado regulado? Vocês já estão se aproximando dos laboratórios aprovados pela Secretaria de Prêmios de Apostas?
Enxergo com bons olhos a regulamentação, apesar de um certo medo inicial pela falta de mais informações e por não sabermos como vão ser tratados vários temas, embora venham acontecendo coisas boas. Uma delas é a questão das transações de pagamentos. Antes, pagávamos altas taxas e a partir de agora os preços estão se mostrando muito mais em conta, não nesse serviço como em outros serviços também.

Tudo tem um lado que pode ser um pouco oneroso, mas vai ser muito bom e dará muita segurança para trabalharmos. Estamos muito confiantes na regulamentação e esperançosos de que tudo caminhe para o melhor.

Como vão entrar para o mercado regulado?
Já demos entrada no pedido de análise de nossa plataforma no sistema do governo que está fornecendo as diretrizes para a integração de nosso sistema com o do governo. Com relação aos laboratórios e todos os testes, já tinha previamente adaptado o sistema à GLI-33, que foi usada como base para a regulamentação de tudo, então estamos muito tranquilos e confiantes. Temos uma equipe técnica muito boa e um pessoal bastante experiente.

Fonte: Exclusivo GMB