
Games Magazine Brasil – Quais foram as novidades apresentadas pela Mancala Gaming no BiS SiGMA 2025?
Emiliano Sanchez – Estamos muito empolgados de estar no Brasil novamente. Eu continuo acreditando que o Brasil e a América Latina são mercados muito importantes para nós. Neste ano, começamos a trabalhar nas certificações e esperamos ter novidades nos próximos meses para entrar com força total no mercado brasileiro, que é algo muito empolgante.
Além disso, temos novos jogos – cada um está saindo melhor do que o anterior. Também temos novas ferramentas voltadas para gamificação. Atualizamos todo o sistema de gamificação, especialmente na parte visual para o jogador, o que está tornando nossos produtos muito atraentes para nossos parceiros comerciais. E temos algumas surpresas chegando ao longo do ano.
São as surpresas que o Games Magazine Brasil e todos queremos saber!
Bom, as surpresas estão voltadas para dois aspectos: novas mecânicas e novas tecnologias que estamos implementando para os próximos jogos, além de novas opções para os operadores oferecerem bônus e novas campanhas promocionais para seus jogadores.
Falando sobre certificação, quantos jogos a Mancala Gaming está pensando em certificar para o Brasil?
Neste momento, estamos no processo de seleção de jogos, onde fazemos uma análise estatística com múltiplas variáveis para escolher os melhores títulos para o mercado brasileiro. Vamos começar com um pacote de 20 jogos, e, provavelmente, uma vez iniciado, vamos continuar certificando, sempre com o cuidado de escolher o melhor jogo para a região.
Para desenvolver jogos locais, é preciso muita tecnologia. Como está o tema de tecnologia e aplicação de inteligência artificial para pensar e desenvolver jogos?
Bom, é verdade que usamos componentes de inteligência artificial, mas como mais uma ferramenta. No fim das contas, o que pesa muito é o feedback dos parceiros, a resposta do mercado e, principalmente, a análise dos diferentes movimentos dentro desse mercado de jogos.
Também levamos em conta fortemente a localização, por isso estamos em contato constante com nossos parceiros comerciais para entender o que funciona, o que não está funcionando e o que pode melhorar. Na Mancala, acreditamos em inovação, e, se algo já foi feito, acreditamos que sempre pode ser melhorado. Isso faz parte de um processo contínuo de perguntar, ouvir e receber feedback constante de parceiros, concorrentes e profissionais da indústria.
Qual a sua análise sobre o mercado brasileiro, que começou há pouco mais de 3 meses?
Acho muito positivo. Vejo claramente que há muitos operadores querendo entrar de forma regulada. A única coisa que me preocupa é que o Brasil acabe se tornando regulado demais muito rapidamente, especialmente em relação à publicidade. Já vimos em outras jurisdições, como na Espanha, que quando se elimina o potencial publicitário de uma licença, o mercado ilegal tende a crescer. Então, é algo que os reguladores precisarão avaliar.
De qualquer forma, vejo um caminho muito positivo. Eu gostaria de ver, no futuro, mais oportunidades para que empresas de segundo e terceiro escalão possam entrar no mercado – não apenas os grandes operadores estrangeiros ou os grandes operadores já consolidados competindo entre si. Acho importante abrir espaço para operadores menores, que têm experiência e potencial para crescer, algo que talvez não se veja tanto aqui, mas que seria bom considerar para o futuro.
Como um provedor de jogos, como a Mancala, pode colaborar com um país para que seus jogos não estejam presentes em operadores do mercado negro?
Nós, fornecedores, fazemos nosso esforço para manter nossos jogos com operadores regulados. A natureza da indústria permitiu o surgimento de muitos revendedores e, claramente, também há um problema com cópias ilegais dos jogos. Já detectamos várias cópias dos nossos títulos em diferentes operadores pelo mundo, e isso é um problema sério que estamos tentando resolver. No entanto, algumas dessas pessoas têm ferramentas tecnológicas que permitem se esconder bem.
É, no fim, uma corrida de gato e rato. Temos vários desafios ao mesmo tempo, além de inovar. Na Mancala, estamos tomando providências – investigando, tentando identificar essas cópias em outros mercados – e estamos implementando ferramentas para realizar bloqueios regionais e evitar essas situações também com revendedores.
Quais são os planos estratégicos da Mancala para o mercado brasileiro neste ano de 2025?
Posso mencionar o “Croco Loco”, que foi um dos jogos que desenvolvemos especificamente para o Brasil. Esperamos que ele seja bem recebido, como já o foi em outros mercados da América Latina e do mundo. Uma vez que concluirmos a certificação, já temos uma lista de clientes nos aguardando. Sabemos que, quando viermos, será para crescer, e estamos com todas as ferramentas prontas para ajudar os operadores a crescerem conosco também. Estamos correndo com isso para estarmos de volta ao vivo o quanto antes.
Fonte: Exclusivo GMB