MIÉ 18 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 23:13hs.
Johnny Ortiz, fundador

“Zitro terá fábrica e laboratório de desenvolvimento de jogos no Brasil com o mercado aberto”

Num dos estandes mais icônicos da G2E Las Vegas, a Zitro mostrou sua inovação para o mercado global de jogos. Em conversa exclusiva com o GMB, Johnny Ortiz, fundador da empresa, falou da importância das novas tecnologias, pessoal capacitado e dedicação às melhores práticas. O brasileiro de renome internacional garantiu que voltará a morar no Brasil tão logo o projeto que legaliza os jogos seja aprovado. “A Zitro e todo o mercado tem muito a oferecer”.


GMB - O que representa para a Zitro, uma das mais destacadas empresas do mundo na área  de jogos, estar na feira mais importante do setor e falando das conquistas da companhia no mercado, especialmente o americano?
Johnny Ortiz -
Estamos super contentes. A Zitro está crescendo bastante. Hoje estamos presentes em 44 países e nos Estados Unidos estamos em 13 estados. Até o final do ano, vamos estar em 15 estados e no próximo ano vamos estar em 30 estados. Estamos fazendo um produto diferente, nossos gráficos, tudo, e os gabinetes. E temos um tesouro na empresa, que é nossa equipe. Temos a melhor equipe do mundo. Então, estar em Las Vegas com as máquinas e com o sucesso que nós estamos tendo, eu não posso estar mais contente.

O mercado americano sempre foi muito bairrista, mas abriu as portas escancaradamente para a Zitro?
É verdade, mas tenho que dizer uma coisa para você: entrar nos Estados Unidos não é fácil. O compliance aqui é superdifícil, tanto na área técnica, do software das máquinas, como quanto ao pessoal e à empresa. E isso deveria ser feito em todos os lugares do mundo, porque você consegue selecionar e realmente entre as pessoas que têm nível para poder estar no mercado. Então, quanto mais duro, melhor, porque no jogo tem um sinônimo, seriedade. O jogo precisa ser sério, e nós conseguimos isso. Somos sérios e fazemos grandes produtos. Então, uma combinação perfeita.

 



Esse é um recado importante de um brasileiro que conquistou o mundo com as suas máquinas com DNA brasileiro. Por falar em Brasil, quais são as suas expectativas para o mercado brasileiro, já que há avanços quanto às apostas esportivas e talvez com jogo online?
Enormes. Estão saindo, como você disse, as apostas esportivas, possivelmente com online, e o land-based falta apenas um pouquinho para sair. Nós estamos preparados. Nós temos já mais de 150 jogos para o Brasil, de videobingo, fora slots. E também temos uma coisa que vai revolucionar o bingo no Brasil. Todo mundo que tiver um bingo vai ter que colocar o nosso sistema de painéis. Nós vamos fazer uma coisa tão diferente que todo mundo vai ficar de boca aberta, vocês vão adorar.

Bom, tecnologia é tudo. Hoje se fala tanto em ChatGPT, Inteligência Artificial, aprendizagem de máquina. Isso, para o desenvolvimento é fundamental?
É fundamental. E quem não apostar nessas novas tecnologias vai sofrer. Nós já temos um departamento de Inteligência Artificial e estamos fazendo maravilhas e estamos aprendendo, estamos só no começo, vamos melhorar muito mais, como as grandes empresas todas estão fazendo. E destaco algo mais: além do nosso laboratório que temos na Espanha, com 500 programadores, acabamos de abrir na Índia um novo laboratório, onde vamos ter também mais 500 pessoas para desenvolver jogos e sistemas.

 



É uma demonstração da grande capacidade de o setor gerar empregos?
Muitíssimos empregos. Muitas pessoas não têm ideia da quantidade de pessoas que essa indústria oferece. Temos não só na nossa empresa, na área de jogo e de software, mas também nos cassinos e bingos, a quantidade de pessoas que o setor emprega. Há também garçons e pessoal para fazer eletricidade, para limpeza, ar-condicionado e tudo mais. No Brasil, quando for aberto o jogo, serão gerados 1 milhão de empregos. Não é pouca coisa, né?

Não é, governo? Como vocês podem ver, aí está o depoimento importantíssimo de um executivo brilhante que atuou muito tempo no mercado brasileiro e que foi expulso do Brasil. Que bom que você foi expulso, porque você desenvolveu de tal forma a Zitro que hoje ela é uma referência mundial?
É verdade, e tem uma coisa importante: em muito pouco tempo, porque os gigantes americanos têm empresas de 80, 90 anos. Nós temos apenas 16 anos e conseguimos conquistar um espaço e um nome, o que, para mim, é muito importante.

Agora, voltando à tecnologia. O que que essas novas tecnologias agregam para o jogador? Segurança, gráficos, sons, o que mais?
Olha, mais seguro do que as máquinas são hoje é impossível. Por exemplo, nessa feira nós recebemos reguladores de três estados diferentes onde nós estamos aplicando. Eles têm um cuidado tão grande que em questão de segurança não aumenta. O que muda é na questão de oferecer mais divertimento ao jogador. As máquinas vão estar mais divertidas, gráficos melhores e movimentos melhores. E por outro lado, para nós, o que ajuda é o seguinte: vamos conseguir produzir mais rápido. Nós não vamos diminuir o número de funcionários, mas ganharemos em produtividade, que é uma coisa superimportante, pois tempo é dinheiro.

Por falar em tempo é dinheiro, como vão os negócios na América Latina, especificamente que é uma área, muito próxima do Brasil e que obviamente o país está de olho para ver quais são os caminhos a seguir?
O Brasil não precisa inventar muita coisa, é só ir aos países sérios e copiar a legislação. Uma coisa importante para o Brasil: saindo a lei do land-based é preciso que haja uma boa regulamentação. A regulamentação é tão importante quanto a lei. Na América Latina, eu acredito que nós somos o fabricante número um. Então todos estão contentes, são as máquinas que mais faturam. Então, trilhamos um caminho difícil, mas conseguimos chegar lá no alto.

 



Além disso, a Zitro tem uma preocupação importante, que é o meio ambiente. Vocês têm uma política de carbono zero que também é fundamental para o nosso planeta. É um exemplo a ser dado a outros players do mercado?
Com certeza, e muito bom você tocar nesse ponto. Nós já tínhamos começado o ESG antes, porque temos a preocupação com o meio ambiente, agora isso está na moda e cada vez mais estamos aplicando essa tecnologia, todos os procedimentos para ter um carbono praticamente zero. Até acho que vamos ganhar na Espanha um prêmio pelo que estamos fazendo.

Esperamos a Zitro no Brasil e que você instale no país um centro de desenvolvimento de jogos, uma fábrica e que o país seja contemplado com todos esses empregos que eu tenho certeza de que a Zitro pode oferecer.
Com certeza, a Zitro - e todo o mercado - vai oferecer muito. E para mim vai ser bom porque voltarei a morar no Brasil, que é o país que eu de verdade amo.

Fonte: Exclusivo GMB