Games Magazine Brasil – Que avaliação você faz da ICE London 2023?
Witoldo Hendrich Jr. – A impressão que eu tenho – e conversando com algumas pessoas – este ano a feira está maior do que o último evento pré-covid. É surpreendente. Houve uma mudança de estrutura, já que tínhamos grandes provedores com estandes de dois andares e isso diminuiu. O número de grandes estandes diminuiu, mas amentou a quantidade dos menores. Por isso noto que há mais expositores e estou muito satisfeito com os resultados da feira.
E quanto à forma de atuação de vocês?
Para o Brasil, o que podemos dizer é que estamos cada vez mais experientes. Os métodos de pagamentos evoluíram muito desde a última ICE para cá. O PIX praticamente dominou o mercado e essa é uma experiência que desenvolvemos ao longo do tempo. Além disso, estamos mostrando nosso crescimento, já que abrimos o México, no Peru estamos rodando e na Colômbia, também. Não estamos aqui mostrando apenas o que conseguimos melhorar no Brasil e na Europa e Estados Unidos, mas apresentar os novos mercados da Online IPS, o México, Colômbia e Peru.
Ou seja, se adaptando cada vez mais aos novos mercados regulamentados, que obviamente têm características distintas.
Completamente diferentes. O que tentamos fazer em cada país que entramos temos um escritório local com equipe do lugar. Trabalhamos dessa maneira para evitar confusão cultural e falta de entendimento localizado. Eu tomo conta do escritório do Brasil com nosso pessoal, assim como um peruano cuida do Peru e um colombiano do mercado da Colômbia. Temos o pé fincado em cada país com quem conhece o lugar, a cultura e as dificuldades de cada país, para entregar um produto muito mais fluido.
Falando nisso, tudo depende de uma boa regulamentação, justamente o que falta no Brasil.
Verdade. É o que mais me perguntam aqui. Isso é curioso, pois desde 2016 falamos que “vai ser agora”, ficando parado por dois anos até que chegou a Medida Provisória do Michel Temer em 2018. O que ia ser votado em 2016 foi o PL 442/91, aprovado na Câmara no ano passado e parado no Senado. A expectativa é sempre grande, mas não sei por que a coisa não sai. Isso é frustrante para o mercado e para mim, como cidadão brasileiro, é mais frustrante ainda. Todos que queriam operar no Brasil estão operando, mas eu, como cidadão, não vejo o tributo entrando nem a proteção ao consumidor. Isso falta para nossa realidade no Brasil.
E quais são os planos da Online IPS quando isso acontecer?
Já conhecemos o mercado, então pretendemos nos adaptar a qualquer exigência que a lei ou a regulamentação venha a fazer em relação aos métodos de pagamento para oferecer serviço para todos que tiverem licença. Da nossa parte, continuar antenado sobre tudo o que aconteça em termos de legislação, para que possamos adaptar nossa estrutura, física, operacional e jurídica, de maneira a que possamos prestar serviços para quaisquer empresas licenciadas no Brasil.
Fonte: Exclusivo GMB