Games Magazine Brasil – Estar na ICE London é muito importante, não é?
Alessandro Valente – É fundamental. A ICE é a mãe de todos os eventos e, como você sabe, a indústria depende desse evento para fomentar tantos negócios. Para mim, é importantíssimo e venho há muitos anos. Para quem não conhece, venha, pois é o principal evento da indústria no mundo. Para nós da Super Afiliados, é muito importante estar aqui. E com a presença física neste ano, já que contamos com um estande compartilhado, em uma iniciativa nossa em que convidamos algumas empresas parceiras para fazer parte.
A propósito de parcerias, a ICE permite justamente isso. Como vão as parcerias da Super Afiliados no mercado de iGaming?
Cada vez melhor. Hoje temos cerca de 15 operadores plugados na operação e mais de 2.500 afiliados entregando tráfego, com números que não imaginava serem possíveis no Brasil. Entregamos 30, 40 e as vezes 50 mil novos depositantes por mês. Isso é uma conquista fenomenal.
A afiliação é algo ainda novo no Brasil, diferentemente da Europa, onde já está consolidado. Foi um trabalho de formiguinha?
Eu diria que esse conceito aumentou após o Flávio Raimundo ter lançado o Afiliados Brasil, um dos maiores eventos de afiliação da América Latina. Com isso, começou a gerar mais volume de pessoas interessadas nesse mercado. Agora, do mercado tradicional e vendas de infoprodutos, muitos estão migrando para o setor de apostas e jogos de cassino.
Cada vez mais presentes no sistema de afiliação para o setor de iGaming?
Cada vez mais presente e adaptando as estratégias que os afiliados e marqueteiros digitais faziam para o infoproduto, agora trazendo para a indústria do jogo.
Como você avalia o mercado brasileiro quanto à afiliação e na expectativa quanto à regulamentação das apostas esportivas?
Particularmente, eu preferia que ficasse como está por mais cem anos. Para a Super Afiliados trabalhar com empresas brasileiras é quase impossível. As empresas nacionais ou as que são focadas no Brasil, na maioria dos casos não entendem nada. Eu preferiria que ficasse sem regulamentação. Mas para o bem do país, geração de empregos e impostos, seria um caminho interessante. Para minha empresa e para a de outros concorrentes do segmento de afiliação, a regulamentação provavelmente irá destruir o mercado nos próximos anos.
Para a indústria como um todo a regulamentação é fundamental?
Não diria fundamental, mas é importante. Cada país tem sua soberania e claro sua taxação, com recolhimento de impostos e geração de empregos locais. Já gera empregos, informais ou não formais. Hoje, empresas estrangeiras com unidades no Brasil adotam algumas estratégias, como agências de marketing ou criam um CNPJ para isso. Ou seja, acabam gerando empregos. Mas vai melhorar para a nação brasileira e, por esse lado, defendo a regulamentação pensando em Brasil. Para o negócio de afiliação certamente será horrível.
Fonte: Exclusivo GMB