VIE 18 DE OCTUBRE DE 2024 - 05:31hs.
Witoldo Hendrich Jr., sócio-fundador e diretor jurídico

“Online IPS lançou o Convert para o Brasil e nossos clientes já estão pedindo para outros mercados”

A Online IPS lançou o Convert na ICE London e o sócio-fundador, Witoldo Hendrich Jr., recebeu o GMB para falar da solução desenvolvida internamente e pensada para o mercado brasileiro. A plataforma de pagamentos agora tem relatórios mais detalhados, interface de transações financeiras e identificação de clientes ágeis para melhorar a experiência do usuário e do operador. Os clientes beta já pediram que a solução seja disponibilizada para outras mercados.


Games Magazine Brasil - A Online IPS lançou na ICE uma nova solução chamada Convert. Fale-nos sobre essa ferramenta.
Witoldo Hendrich Jr. -
A ICE é o evento mais importante da indústria e a hora de mostrarmos as novidades. O Convert nada mais do que uma tecnologia própria daquilo que precisávamos contratar de terceiros. O objetivo do Convert é simplesmente ser melhor do que o que tínhamos. Reunimos toda a equipe para identificar o que não estava funcionando bem, o que estava incomodando todos os dias, e decidimos corrigir isso. O Convert é a junção de tudo o que tínhamos de terceiros e que não funcionava do jeito que queríamos. Agora está redondo e a equipe está feliz.

Ou seja, é um tremendo upgrade na solução Online IPS?
Enorme. Criamos especialmente para atender o mercado brasileiro. Temos um gateway internacional, rodando nos Estados Unidos e Europa, mas era importante que fosse uma interseção de tudo e no Brasil tínhamos alguns pequenos defeitos. O cliente final não notava porque o serviço era bem prestado, mas requeria mais trabalho do nosso lado para ajustar tudo. Acabou isso e a experiência para o cliente será muito melhor, principalmente quanto à emissão de relatórios e à velocidade com que a informação chega. É um enorme upgrade para nós e uma boa surpresa para os clientes.

 



E quanto à solução para o operador, eles já começaram a conhecer o produto, a experimentá-lo? Como está essa fase de implementação?
Escolhemos dois parceiros e os convidamos a experimentar como “Cliente Beta”. Está funcionando muito bem e a partir desses resultados, com todo mundo feliz, entendemos que era o momento de lançar no mercado.

Aos poucos iremos implementando para todos. Os novos clientes já recebem com a nova solução, enquanto para os atuais, queremos migrar para o Convert. Como é uma tecnologia nova e demanda algum esforço de desenvolvimento do cliente, sabemos que temos de entrar nessa fila de desenvolvimento dele. Aos poucos vamos trazendo todos, mas até agora tem sido um sucesso, a ponto de os clientes beta pedirem que a solução seja disponibilizada para outras jurisdições onde operam.

Esse novo desenvolvimento levou em consideração também a regulamentação do iGaming no Brasil ou foi apenas por necessidade interna?
Era uma necessidade interna, mas conforme surgiam demandas específicas do mercado, decidimos incorporar essas mudanças. Pegamos desde os esboços de regulamentação até trechos de projetos de lei e incorporamos tudo o que era necessário no Convert, garantindo uma segurança maior. Buscamos na legislação, tanto as já implementadas quanto as que ainda se discutem, as melhores ferramentas para incorporar ao Convert.

Se serão exigidas ou não, nem importa, verdade? Já está lá e pronto!
Isso mesmo. Está lá e não prejudica em nada, dando uma segurança a mais ao nosso cliente. Se vão obrigar a ter, já temos. Se não obrigarem, temos e estará à disposição para nossos parceiros.

Com todo o conhecimento e experiência do mercado brasileiro, você virou consultor pelos corredores da ICE neste ano?
As pessoas aqui perguntam muito sobre como será a regulamentação. Eu brinco dizendo que não sei, mas se alguém disser que sabe, está mentindo. Há muitos decretos, portarias para sair, muita papelada em termos de regulamentação. Então, se alguém vier e disser que sabe como será, quem o ouvir deverá filtrar a informação. É curioso, pois já vi situações semelhantes no passado. Sempre tem alguém querendo criar facilidades ou regras que não existem. Por isso, é importante que as pessoas confiram informações com especialistas como nós.

Ouvi conversas durante o evento de que desenvolvedores de jogos seriam obrigados a ter sede no Brasil, sócio local e certificações elaboradas no país. Isso não existe. A regulamentação visa ao operador. As pessoas precisam ficar atentas a isso. Não comprem “terreno na lua”.

Fonte: Exclusivo GMB