Games Magazine Brasil - O Grupo FBM é bastante completo, com ofertas tanto para o segmento land-based quanto online. Gostaria que você falasse das novidades da FBM e da FBM Digital aqui na feira.
Rui Francisco - Como sempre, Londres para nós é uma feira extremamente importante, acho que talvez ainda mais do que a de Las Vegas. Neste ano estamos trazendo algumas coisas bem legais, umas novidades.
Como você sabe, nós estamos fortes no setor de "spin reel", que no Brasil chamamos de rodilhos. Trouxemos um monte de novidades, entre elas a nossa nova plataforma Áurea, é totalmente versátil, com monitores do tipo J, verticais, flat screen e com jogos de altíssima definição em 4K. Essa é a nossa grande novidade, ou seja, gráficos com animações de última geração, seguindo a tendência das grandes empresas do ramo no setor de cassinos. No land-based são as nossas novidades.
Para a divisão online, estamos mostrando a continuidade do trabalho que vem sendo feito, de sempre acompanhar os lançamentos que fazemos no land-based também no online, por meio da FBMDS, para outros provedores a quem fornecemos jogos em conexão B2B. E seguimos focados em novos desenvolvimentos e temos um monte de coisas planejadas para este ano.
Existem inúmeras tecnologias surgindo. Fala-se em realidade aumentada, inteligência artificial e aprendizado de máquina. O que isso representa para um fabricante no seu desenvolvimento e depois para o operador e, por fim, para o usuário final?
A aplicação da Inteligência Artificial e outras novidades tecnológicas vai revolucionar o mercado. Nós acreditamos que com essas novas tecnologias, vai ser possível antecipar os gostos daquilo que vai ser a tendência do mercado. Acho que o conhecimento total da maneira como o jogador se comporta perante as máquinas ou atrás mesmo dos seus telefones nos dará condições de, no futuro, estarmos mais up to date com aquilo que são as tendências do que os jogadores esperam para os produtos que vão usar.
Há uma grande modificação no mercado, que se mexe muito rapidamente. O land-based hoje está concorrendo bastante com o online. Você pode ver aqui na feira a quantidade de grandes empresas expondo produtos para o online e acho que esse é um mundo que não tem reversão. Ou seja, é uma mudança que vai acontecer para todos nós e se ficarmos parados no tempo, ficamos para trás. Então a ideia é que a FBM também acompanhe esses desenvolvimentos e se integre com essa nova tecnologia ou inteligência artificial como se queira chamar.
Do ponto de vista do online, especialmente agora que o Brasil está finalizando o processo de regulamentação, quais são os planos da FBMDS para o país?
No Brasil não operamos, pois o consideramos como um país ainda não regulamentado. A FBM é compliance com todos os estados americanos e seguimos as especificações da indústria regulamentada. Estamos aguardando e, obviamente, estamos super interessados tanto no land-based quanto no online e teremos todo o interesse também de prover tanto para os operadores do Brasil como possivelmente também participar de alguma operação de cassino no país. É um futuro muito interessante e nós estamos na expectativa, mas por questões de compliance nada faremos até que todas as leis estejam regulamentadas.
Então você está sinalizando que a FBM, numa possível legalização dos cassinos físicos, poderia entrar na operação também?
Sim. Há sempre interesse, pois conhecemos muito bem o land-based, sabemos fazer máquinas, desenvolver jogos e temos o conhecimento no provimento de jogos online tanto para B2B quanto para B2C. Quanto à operação comercial de casas, não é uma coisa que dominamos, mas se entrarmos no Brasil no futuro será em parceria com alguma empresa. Acreditamos que podemos agregar valor, mas não sozinhos, porque achamos que não estamos preparados para operar cassinos mais no sentido comercial da palavra.
Ou seja, é um grande compromisso do grupo FBM com o Brasil?
Com certeza. Desde sempre consideramos o Brasil como nosso berço. Foi lá que nascemos e nos criamos. Infelizmente as leis que regulamentavam o jogo no Brasil acabaram e nós fomos para o mundo. Estamos bem e queremos voltar lá. Estaremos, se assim Deus quiser.
Fonte: Exclusivo GMB
