VIE 18 DE OCTUBRE DE 2024 - 05:39hs.
Paulo Lopes, Cofundador

“O foco da Oddsgate é conseguir solidificar cada vez mais sua presença no Brasil”

Em uma entrevista exclusiva para o GMB, Paulo Lopes, cofundador da Oddsgate, discutiu na ICE London 2024 a estratégia e os objetivos da empresa no mercado brasileiro. O empresário enfatizou, entre outras coisas, o compromisso da companhia em fortalecer sua presença com parcerias, destacando a importância da adaptação às mudanças regulatórias e garantia da segurança de dados.


Games Magazine Brazil - O que a Oddsgate veio mostrar ao mercado este ano na ICE London 2024?
Paulo Lopes
– A Oddsgate tem uma política, uma postura de marketing que por enquanto, infelizmente vai ser a última vez da ICE em Londres, já não vamos já não vai acontecer, mas ela raramente faz a sua a sua presença física no estande. O que tem acontecido é uma atenção um pouco mais estreita com as operações que Oddsgate tem lá dentro, na sua maioria do Brasil, onde fazemos mais um PR que propriamente uma presença física em estande. Aqui trouxemos este ano quase o dobro de operadores que estavam no ano passado, o que para nós é muito satisfatório e começou ontem, já não começa hoje, já começou ontem.

Nós vimos a Oddsgate muito focada na América Latina, mas muito mais no mercado brasileiro. Como é que eles se adaptaram e quais objetivos alcançaram em termos de parcerias, produtos e sucesso?
Entre falar do Brasil e LatAm, parece que são duas coisas que fazem parte do mesmo, mas só o Brasil é quase uma LatAm inteira, não é? Portanto o nosso foco é conseguir marcar fortemente, solidificar cada vez mais a nossa presença no Brasil, que sabemos que já está acontecendo. Todas as operações que estão nos países ao redor do Brasil já estão nos consultando para saber se podem entrar conosco, pois com a relação que temos com os nossos operadores é um boca a boca. Não é uma propaganda normal que nós fazemos, é mais muito um “boca a boca” e eles são os principais referenciadores do nosso software. Por isso já temos ali alguns países da LatAm onde estamos entrando, mas o foco continua sendo o Brasil. O Brasil tem muito para fazer, o Brasil tem muito para crescer e aí estamos nós.

 



E quais são as principais metas da empresa para esse mercado, especificamente o brasileiro?Estamos entrando lá, prevendo um médio prazo com a regulação, já um período regulatório e onde já estamos nos preparando. Até agora todas as pessoas na mesma fase, preparando-se para o que virá.  Mas é importante também não esquecer do presente e o presente também é muito importante.

Vai ser o último ano da regulação, é um ano especial, que chamamos de “ano dourado” e o foco que temos neste momento é de curto-médio prazo, onde faremos nossos operadores crescerem de uma forma já mais profissionalizada e a preparar já o profissionalismo que a regulamentação vai exigir a todos os níveis. Por exemplo no âmbito interno de cada operação, de gestão, de organização, até todas as ferramentas que serão necessárias para os operadores olharem para o mercado brasileiro não só pela aquisição de tráfego. Tem muitas outras coisas que o que a regulamentação vai exigir. Então estamos nessa fase, agora treinando, focando com quem está conosco, treinando, preparando para quando chegar a regulamentação esteja tudo afinado.

Vocês fizeram alguma análise das novas normas da lei que entra em vigor no Brasil? Estamos acompanhando muito perto. Sempre estivemos acompanhando todas as todas as diligências que têm acontecido, continuamos atentos, e continua havendo muita interrogação da parte dos operadores. Nós só temos de tentar apoiá-los com o que vem do governo brasileiro para   tentar esclarecer, porque não vai ser muito diferente do que nós vemos lá fora no internacional. Nós já temos essa experiência e, portanto, vamos acompanhar a realidade brasileira, seguindo todas as dificuldades que os operadores vão ter para assim que chegar a regulamentação estarmos preparados.

Como é a Oddsgate vê o mercado em relação à segurança de dados?
Felizmente nós temos uma boa concorrência que realmente respeita o que é uma base de dados de um operador, respeita a liberdade dele e respeita o que é necessário para ter essa liberdade. Mas também vemos o contrário, vemos outros tipos de players e agentes que nem sempre fazem o que é ético, digamos assim. E aqui na Oddsgate nós temos uma postura quanto a isso, temos uma presença, um acordo, um compromisso para com os nossos operadores, que é: a base de dados é deles e só deles será. Nós só existimos para ajudá-los a conseguir trabalhar tão bem a base de dados de uma forma íntegra.

Não só a base de dados, como também toda a operação. São poucas as empresas internacionais que funcionam nos dois segmentos, Business to Business e Business to Client. Uma plataforma como Oddsgate nunca pode sonhar em ser um B2C porque nós temos os operadores que já o fazem. Nós não podemos, eticamente, entrar no negócio deles porque nós somos os guardiães da base de dados. Portanto, é importante que o operador se sinta seguro, é importante que ele se sinta com liberdade para poder operar com a base dados, ter o seu negócio a pleno e fazer o seu melhor. Por isso nós temos no Brasil muitas operadoras, muitas plataformas que estão operando com toda essa integridade.

Fonte: Exclusivo GMB