Games Magazine Brasil - Qual a importância da participação da GLI na feira mais importante do mundo que se despede de Londres e com uma grande presença de brasileiros?
Valter Delfraro Jr. - Não só da perspectiva de negócios para a GLI, mas para a indústria do Brasil é um grande sucesso. Com relação ao nosso trabalho, fomos muito procurados, não só por brasileiros, cuja presença é massiva neste ano, mas também por players, por operadores do mundo inteiro, querendo saber o que está acontecendo e quais são os próximos passos que serão dados no Brasil. Vejo que foi uma participação com sucesso garantido.
Ninguém melhor do que a GLI para indicar esses passos já que estão acompanhando de perto e até mesmo colaboraram com muitas sugestões, com muitas recomendações para que chegássemos a esse momento da regulamentação?
Esse é o nosso principal foco quando falamos diante do regulador. Obviamente, a GLI não determina nada, mas orienta com base em nossa experiência. Como eu sempre digo, a GLI é o único laboratório que é reconhecido por todas as jurisdições onde o jogo é regulamentado. A GLI desenvolveu os standards - que são públicos - e que a maioria dessas jurisdições se não o adotam em sua plenitude, muitas partes dele são adotados.
Estamos presentes no Brasil e minha missão é estar perto do regulador para ajudá-lo em tudo que ele precisar, assim como esclarecer dúvidas que competem à parte de requerimentos técnicos. Acho que temos feito isso de uma forma bastante positiva.
Por falar nisso, a GLI está efetivamente no Brasil, já que foi certificada para cuidar das operações da Lottopar. O que isso significa para a GLI?
Sim, a GLI foi o primeiro laboratório a ser credenciado e autorizado a certificar no Brasil, através da Loteria do Paraná. E com certeza qualquer outro estado que credenciar laboratórios ou mesmo o regulador nacional - a Secretaria de Jogos e Apostas, quando abrir o credenciamento de laboratórios, a GLI vai estar presente e se credenciar em todas as jurisdições que o Brasil constituir.
Por estar tão próximo dos reguladores, a GLI já sabe mais ou menos quais serão as exigências de credenciamento de laboratórios. Vocês superam todas essas exigências?
Todos os estados que publicaram editais citaram os nossos standards como base. E acredito que o regulador federal também vai seguir esses passos o que de alguma forma é muito positivo. Isso porque uma vez que o operador já tem uma certificação, seguindo os standards GLI, para ele ir de um estado para outro ou mesmo para ele chegar no nível federal fica muito mais fácil. Uma vez que ele certificou para um, se para o outro é basicamente a mesma coisa, ele não vai ter muito o que fazer. Então, acho que a forma como os estados estão tratando dessa questão é bom para a indústria como um todo.
Pensando em Brasil, a GLI está tranquila e se sentindo num momento único?
Nunca estamos tranquilos. Sempre achamos que tem muito mais para ser feito. Estamos sempre buscando, não só reguladores, mas gaming suppliers e operadores. Procuramos ser um parceiro dos nossos clientes para poder ajudá-los no processo de certificação e de novo, não só para o Brasil, mas orientando-o da melhor forma de certificar seus produtos para que ele possa ir para qualquer outro lugar onde pretenda ir.
Sempre orientamos sobre como começar o processo de certificação, tudo o que é necessário reduzir o tempo de certificação para o operador, para o gaming supplier e também para que possamos dar vazão a todo esse processo. Uma das perguntas que sempre todo mundo me faz: "Valter, mas e aí, a hora que começar o Brasil a GLI vai dar conta, vai ser possível?”. Eu não tenho a menor dúvida e não há essa preocupação. Nós temos inúmeros laboratórios em todo mundo e qualquer um deles está apto a certificar não só para o Brasil, mas como para qualquer outra jurisdição.
Fonte: Exclusivo GMB