Games Magazine Brasil - Quais são novidades da BMM, especialmente no tema da reformulação da estrutura da companhia?
Marzia Turrini - A BMM está se reestruturando completamente. Antes trabalhávamos por regiões e eu era responsável para Europa e América Latina. Outras pessoas eram responsáveis para Ásia, Austrália e África, e outros para os Estados Unidos e Canadá. Agora a empresa funciona por verticais, por segmentos. Eu sou a pessoa responsável para tudo que é a parte digital, segurança e inspeções. Meu companheiro Kirk White é responsável por toda a parte land based, ou seja, cassino presencial. E depois, evidentemente, temos nossas divisões Big Cyber, com Amit Sharma, e RG24, com Wendy Anderson.
O Brasil passa por um momento crucial em função da regulamentação das apostas esportivas. Como está o trabalho da BMM no país?
Depois da aprovação da lei, todos os nossos clientes existentes e os novos também potenciais nos perguntam não só do Brasil, mas também um pouco do Peru. Evidentemente o Brasil está muito na moda, é muito “trendy”. Então, como eu havia pré-anunciado em nossa última entrevista, a BMM vai abrir um laboratório no Brasil. Para isso estamos nos preparando para que todos nossos clientes tenham um parceiro global como somos, que possa satisfazer suas expectativas em relação ao mercado brasileiro.
Evidentemente, agora mesmo há clientes que já estão se pré-certificando para se preparar para quando teremos os standards oficiais do Brasil e já poderão fazer um gap test, como chamamos, para já estar pronto e lançar seus produtos, suas plataformas, quando o mercado finalmente abrir.
Quantas pessoas serão adicionadas a esse escritório e laboratório no Brasil?
É difícil dizer, pois ainda estamos em uma primeira fase. Mas penso que será um laboratório muito grande porque, evidentemente, o mercado será enorme, mas reforço que ele será muito muito grande.
Esse novo laboratório atenderá somente o Brasil ou toda América Latina?
No momento, como você já sabe, temos um laboratório no Peru que se ocupa mais do mercado latino-americano. Por isso, o do Brasil se concentrará mais no mercado brasileiro, mas depois veremos, porque nunca se sabe. E também é importante dizer que não só vamos entrar como laboratório de certificação, mas queremos oferecer a nossos clientes todas as soluções em campo de cibersegurança. Além disso, estamos acrescentando um novo produto e darei mais informações em nossa próxima entrevista. Também estamos reforçando a área de treinamento, sobre o que é jogo responsável, políticas de combate à lavagem de dinheiro, tráfico humano etc.
Como estão as conversas com o governo para entender todas os requisitos técnicos para ter esse laboratório no Brasil?
Estamos falando com as autoridades e sendo apoiados por nossos advogados, porque é preciso entender bem, de um lado como será o processo de acreditação e licença do laboratório, e do outro lado, saber exatamente como nós poderemos ajudar a todos os players do mercado brasileiro e de fora que quiserem entrar no Brasil.
E com os operadores que já estão no Brasil e que são clientes da BMM?
Os operadores e os provedores brasileiros estão se preparando. Eles não querem esperar que tudo esteja claro, então começam a se certificar com standards genéricos para depois ter somente de fazer atualização quando tivermos os requisitos brasileiros, que ainda não sabemos exatamente quais serão. Há coisas que sabemos perfeitamente que vão pedir, então estamos adiantando o trabalho, como fizemos no Peru.
No Peru, esperando a nova revolução no campo do online, o que fizemos foi ajudar nossos clientes em um contexto de pré-compliance para que chegassem no momento da abertura do mercado praticamente prontos para não terem de esperar.
E para a Marzia Turrini, o que representa ser agora a presidente global digital na BMM?
É um honra e um privilégio. Tenho 10 anos e meio nesta empresa e me sinto muito satisfeita do trabalho que fiz em diferentes momentos e agora é uma conquista a mais e positiva, que me permite sair do que é o tema Europa e América Latina e me aproximar de outros mercados, como Estados Unidos, Ásia, África e Austrália e trabalhar com meus companheiros em todos os segmentos, unindo forças, sinergias e ser um partner excelente para nossos clientes.
Fonte: Exclusivo GMB