Games Magazine Brasil - Queria que você falasse sobre os resultados da participação da Pay4Fun na ICE London 2024, que se despede de Londres.
Leonardo Baptista - Está agitada! Todos os anos foram supermovimentados, mas nesse ano com todo o tema da regulamentação no Brasil e com tudo o que tá acontecendo no país, foi impressionante. Estamos recebendo, como muito bem colocado por você, muita gente. Há curiosos ainda sobre a questão da regulamentação, mas muitos operadores que já operam conosco vieram conversar a gente e bater o martelo e, com relação à regulamentação, a grande boa notícia que temos é que muita gente vai aplicar a licença e o mercado brasileiro vai ser grande e a Pay4Fun está aí.
A ICE, para nós, é muito importante. É o início do ano e vamos levar bastante trabalho para casa. Muitas empresas novas estão fechando conosco justamente pela questão da regulamentação. Como na regulamentação fala sobre métodos de pagamento brasileiros autorizados pelo Banco Central, a Pay4Fun está um passo à frente e muita gente veio dar a canetada aqui em Londres. Resumindo, estamos muito contentes.
Além de fechar negócios, por conhecer muito o mercado brasileiro você virou uma espécie de consultor durante a ICE?
É isso mesmo. Estava brincando sobre isso com meu sócio. Com 40 anos no mercado, é algo que conheço. Felizmente acompanhamos tudo o que vem acontecendo no mercado brasileiro e é gostoso. Nós estamos escrevendo a história, participando da história. Já fui operador e agora, como empresa de método de pagamento, estar envolvido nisso e viajar para Brasília para conversar com o pessoal do Ministério da Fazenda é gratificante. Assim, aceito de bom grado esse “cargo” de consultor. É muito legal.
O que vem pela frente em termos de regulamentação para uma empresa como a Pay4Fun, que já tem hoje entre os seus clientes os principais players globais?
Estamos esperando as portarias. Sabemos que serão entre 12 e 14, como colocado pelo José Francisco Manssur no painel muito bem moderado por você. Uma dessas portarias será focada em método de pagamento e a outra, em lavagem de dinheiro. Nós temos uma vantagem e eu falo de peito cheio e com muito orgulho: nós já somos autorizados pelo Banco Central, então entendemos que de maneira nenhuma o Ministério da Fazenda vai contra o regulador financeiro que é o Banco Central.
Acho que vem mais do mesmo quanto às portarias sobre método de pagamento e muitas empresas terão de correr atrás, pois operam no setor de maneira irregular e terão de buscar licença do Banco Central para se adaptar à portaria. Entendo que a portaria vai dar uma boa regulada no mercado e a Pay4Fun sai na frente.
Por falar em sair na frente, os operadores já compreenderam como a Pay4Fun atende a esse mercado regulado que está chegando?
Acho que isso foi o grande diferencial desta ICE para a Pay4Fun. Como eu comentei, muitos operadores vieram bater na nossa porta agora que saiu a regulamentação e que já se fala em um mercado autorizado e regulado. Como eles sabem que será necessário um método de pagamento autorizado e regulado para operar, estão batendo na nossa porta. Eles já perceberam que não vai ser brincadeira atuar no mercado brasileiro.
Muitos dizem que o mercado irregular vai continuar, mas eu garanto que não será assim. Acho e sempre gosto de lembrar para todo mundo que o Banco Central atirou onde quis e acertou onde não quis com o PIX. Não adianta falar em mercado irregular sendo que 95% das transações no Brasil hoje são feitas por PIX. O governo será sócio com a questão impositiva das operações reguladas no Brasil e fiscalizará e auditará tudo. O principal meio dele cortar a operação é o método de pagamento, então, mais uma vez, nós temos essa vantagem de estar onde estamos.
O mercado ainda não está regulado, mas o Brasil já recebe dinheiro das apostas esportivas, já que vocês são obrigados a comprar títulos do governo em todo final de tarde, não é?
É isso mesmo. Uma coisa que nós fazemos e deixo isso muito claro para os operadores, é que a Pay4Fun não oferece PIX, ela oferece segurança. Então uma das obrigações que você tem quando auditado e regulado pelo Banco Central, é que o dinheiro do operador não pode “dormir” comigo. Por esta razão, não tenho como, por exemplo, pegar o dinheiro do operador e desaparecer. Todos os dias somos obrigados a fechar o caixa e comprar título público.
Ou seja, o dinheiro do operador, fica com o governo. Tudo é regulado pelo Banco Central. Podemos não ter, ainda, uma regulamentação para o mercado de jogos, mas somos altamente regulados no setor financeiro. O Banco Central é uma instituição fabulosa e nós já deixamos claro para o governo o que é trabalhar neste setor. Ele já sabe onde está pisando.
E sabe que está ganhando dinheiro com o setor de jogos?
Sem dúvida. Saiu há pouco tempo a informação de que foram transferidos para o exterior R$ 54 bilhões pelo setor de apostas esportivas e jogos. Obviamente ajudamos nesses números e acreditamos que o mercado é muito maior, até porque a Pay4Fun não é o único meio de pagamento. Então, nós entendemos que o mercado é ainda muito maior e vai crescer com a regulamentação. Porque virão mais jogadores e muitos operadores que ainda não estão no país pela falta de regulamentação. Agora, com a regulamentação vindo, com certeza, o mercado vai explodir mais ainda.
Uma pergunta para deixá-lo apertado. Desses R$ 54 bilhões, quanto passou pela Pay4Fun?
Ah, se eu te contar, perco os sócios e os amigos. Não posso. Tenho muito orgulho em dizer o seguinte: nós operamos com os grandes do mercado, como bet365, Flutter, PokerStars, Betano e outros importantes players estão com a Pay4Fun graças a muito trabalho nos últimos cinco anos e à autorização que nós temos do Banco Central. O que posso dizer é que nós colaboramos nesse volume de R$ 54 bilhões, não tem dúvida nenhuma.
Fonte: Exclusivo GMB
