Games Magazine Brasil - Queria que você falasse um pouco sobre a Vibra Solutions e as “soluções” da empresa no mercado global e especialmente no mercado latino-americano.
Ramiro Atucha - Para nós é um prazer estar presente na última ICE em Londres. Já faz 3 anos que exibimos na feira. Faz só um ano que apresentamos a Vibra Solutions e tanta coisa aconteceu desde então. Temos mais de 20 sites no Brasil utilizando nossa tecnologia, nosso PAM, sportsbook e cassino. Alguns deles vão optar por obter a licença para ficar no mercado regulamentado, o resto terá de mudar para outro mercado ou sair. Estamos investindo nisso e a Vibra Solutions está trabalhando com as loterias estaduais, com nossa solução de terminais físicos, com jogos lotéricos, fazendo um trabalho que apreciamos muito.
Os terminais físicos mostram que a Vibra como grupo não é apenas uma empresa de internet, é uma empresa de land based também. Isso é um avanço na companhia?
Sim, eu acho que hoje tudo está mais concentrado no mobile, no online. Mas a parte do retail, especialmente em nossos países, é muito importante. Então nós nos consideramos uma empresa omnichannel, omni plataforma, onde podemos dar com um PAM unificado, uma boa experiência para o jogador, no online e no retail e mantendo os jogos, o seu status e a sua experiência.
Falando em jogos, sabemos que a Vibra Gaming também desenvolve uma série de jogos e está constantemente se atualizando. Virão novidades ao longo deste ano em termos de títulos?
Sim, durante este ano vamos lançar mais de 20 jogos novos. Alguns deles serão também jogos lotéricos. Então os jogos lotéricos vão estar disponíveis para o mercado regulamentado no Brasil e nossos jogos de mesa, nossos slots e videobingos funcionarão muito bem lá.
Até então, víamos a Vibra como uma empresa provedora de jogos de cassinos e agora está se abrindo também para o mercado lotérico. Foi o Brasil que chamou vocês para essa nova realidade?
Na verdade, nós tínhamos um projeto que não prosperou de fazer jogos lotéricos para o mercado de classe 2 nos Estados Unidos. Lá avançamos com um projeto, mas não prosperou. Deixamos tudo pronto e com vontade de fazer algo para esse mercado. Quando surgiu a situação com as loteias estaduais do Brasil, nós vimos a oportunidade de finalizar este projeto, deixá-lo pronto e lançamos para o mercado, ficando muito contentes com isso.
A Paraíba já utiliza os produtos de apostas esportivas da Vibra e outros estados já regulamentaram suas loterias, como o Rio de Janeiro e o Paraná. Como está a proximidade com esses outros mercados que não a Paraíba?
A Paraíba foi a nossa primeira experiência, que foi muito boa. Eu acho que somos dos poucos que estamos dando a possibilidade aos operadores de ter algo como uma experiência muito semelhante aos slots, mas sendo certificados como jogos lotéricos. Então com essa experiência, com o sucesso que nós vamos divulgar em breve com fotos, vídeos e números de como está funcionando, aspiramos chegar ao Rio de Janeiro e ao resto das loterias estaduais.
A Vibra acredita muito no mercado brasileiro, mas queria saber como vai também a operação da Vibra Gaming e da Vibra Solutions em todo o mercado latino.
Nosso foco é o mercado latino. Um problema que os operadores latinos sempre têm é que muitas vezes seus fornecedores não focam em LatAm. Para nós, o mercado principal é o latino-americano. Estamos nos registrando no Peru, em vias de regulamentação, e assinando contratos importantes lá. Na República Dominicana, México, ou seja, em todo o mercado que está em processo de regulação ou já regulamentados.
Ou seja, pensando localmente a partir de soluções globais?
Exatamente, cada projeto nos ajuda a melhorar nossa solução. Que é um benefício para todo mundo, para todos os clientes, inclusive para aqueles que pedem essa melhoria.
Quais são as novidades do grupo Vibra para o mercado regulamentado brasileiro, já que a partir de março todos os operadores terão de se habilitar oficialmente no Ministério da Fazenda e a partir de julho estarão listados como autorizados?
Acho que a maior novidade é que não vamos ter novidade. Nós sempre trabalhamos no Brasil como se fosse um mercado regulamentado enquanto a padrões técnicos, certificação com a GLI, forma de integração, KYC com os clientes, toda a documentação. Nesse sentido, eu acho que clientes trabalhando com nossa tecnologia vão ter muita pouca mudança.
Agora para as loterias estaduais a novidade é nosso produto scratch-a-lot, que é bem interessante, dando experiência de slots, mas certificado também pela GLI como jogo lotérico.
Fonte: Exclusivo GMB