DOM 13 DE ABRIL DE 2025 - 02:28hs.
Tiago Almeida, CEO

“Oddsgate apostou no Brasil e agora chegou o momento de ampliar nossa unidade no país”

A Oddsgate, líder na indústria de iGaming, com a oferta de uma plataforma SaaS completa, não poderia deixar de visitar a ICE Barcelona. Tiago Almeida, CEO da empresa, encontrou tempo para uma entrevista exclusiva com o GMB e comemorou a regulação no Brasil e a obtenção de licença para seus sete clientes. Ele comentou que a aposta que fez no país deu certo. “Planejamos ter em nosso escritório São Paulo mais de 15 profissionais até o final deste ano”.

 

Games Magazine Brasil - Que avaliação você faz dessa nova edição da ICE, agora em Barcelona?
Tiago Almeida -
É realmente um local maravilhoso. Acho que, primeiro, a gente ganha no clima. Segundo, a gente ganha na comida, bastante melhor aqui. Mas, obviamente, agora um pouco mais a sério, acho que a gente ganha também um espaço maior, com outra escala e também com outras condições para um evento dessa magnitude. Muito surpreendido porque parece que essa indústria não para de crescer.

Fala-se em mais de 1.000 expositores na ICE Barcelona. Ela já se consolidou como a principal feira global do setor de jogos?
Eu acho que sim. Há vários anos já é referência. Esta é a minha 15ª edição consecutiva, não falhei nenhum ano, com exceção do período da pandemia. Mas a gente tem vindo e tem visto isso, um evento com grande sustentabilidade que tem dado não só um crescimento em termos de expositores, mas também em termos de painéis. Vi um painel maravilhoso sobre a regulamentação em Abu Dhabi em que se tratou de licenças de jogo lá em Dubai e Abu Dhabi. A gente não para de aprender.

 



Falando em regulamentação, arrancou oficialmente o mercado regulado brasileiro. Você já tinha adiantado ao GMB que alguns dos principais parceiros da Oddsgate já tinham aplicado e que tinha certeza de que todos seriam licenciados. Isso realmente aconteceu?
Realmente aconteceu com sete marcas que a gente conseguiu ajudar nessa virada de chave. Estamos felizes demais por esse dia, com o qual sonhamos durante muitos anos se tornar realidade. Sabemos a responsabilidade que temos. Já sabíamos à época que teríamos essa responsabilidade. Conseguimos, em conjunto com nossos parceiros, fazer essa entrega. E agora o que pretendemos é continuar com toda a responsabilidade e esse crescimento sustentável para que o setor possa colher os benefícios dessa arrecadação que finalmente é feita no Brasil.

No começo da operação, alguns operadores tiveram problemas com os seus sites. A questão da migração, do Face ID... O que aconteceu? Já está tudo resolvido?
Já. Eu diria que a instabilidade dos primeiros dias já passou. Naturalmente, trabalhamos com várias empresas nesse processo, empresas profissionais que nos ajudaram muito. Mas acho que, fruto das portarias que começaram a sair em maio e em outubro/novembro, algumas ainda estavam sendo publicadas, não houve tempo de fazer um processo gradativo. Chegamos no dia 1º de janeiro e algumas coisas, enquanto sistema técnico de apostas, não funcionaram como esperávamos. Infelizmente, a bola meio que bateu na trave. Isso não significa que o processo não tenha sido feito. Talvez, num primeiro momento, possa ter havido mais atrito do que gostaríamos.

Mas, hoje, dizemos com toda certeza de que recuperamos esse período um pouco mais tumultuoso. Vários sistemas novos tiveram que ser conectados pela primeira vez. Hoje vemos os operadores recuperando a estabilidade pré-operacional, enfrentando futuros desafios com a segurança jurídica e a sustentabilidade que a outorga trouxe para todos, inclusive para o consumidor brasileiro.

Como você vê o futuro desse setor, tanto do ponto de vista de negócios quanto do crescimento no mercado brasileiro?
Acho que, antes de mais, existe um grande número de consumidores no Brasil que já apostam. Mas ainda não atingimos o potencial total. Vimos, nos últimos anos, um crescimento muito grande, nem sempre do jeito mais adequado para as necessidades do consumidor. A mensagem hoje é de longevidade e sustentabilidade nas operações. Essa indústria cresce sem parar, mas precisa crescer como entretenimento responsável, adequado à realidade dos jogadores, e que traga segurança e sustentabilidade para consumidores e profissionais do setor.

O que a Oddsgate pode oferecer ao mercado e aos operadores que querem chegar ao Brasil? Qual é o recado para quem ainda não chegou?
Planejamos, até o final de 2025, no escritório que já abrimos em São Paulo, empregar mais de 15 profissionais. Procuramos muito essa expansão no mercado brasileiro para dar suporte e atendimento cada vez mais personalizado aos clientes. Essa aposta no mercado brasileiro, que iniciamos em 2021, deu certo. Queremos continuar crescendo, inovando, criando produtos duradouros, personalizando conteúdos e melhorar o nível de serviço.

Ter um escritório em São Paulo reforça a vocação e compromisso da Oddsgate com o mercado brasileiro?
Sem dúvida e procuramos reforçar nossa sustentabilidade da aposta no mercado brasileiro. Hoje, temos mais de 60 profissionais em nosso escritório de Portugal e quase metade deles são brasileiros. Agora, queremos continuar crescendo e tê-los atuando no Brasil.

E quais são os planos da Oddsgate para participação em feiras no Brasil?
Estaremos no Rio de Janeiro daqui a algumas semanas, no SBC Rio, e também no BiS SiGMA, em São Paulo, no mês de abril. Também estaremos em Dubai mostrando nossa tecnologia para outros mercados.

Fonte: Exclusivo GMB